Vinte escolas decidiram retornar às atividades nos últimos cinco dias, parcial ou integralmente. Um levantamento, ao qual o MidiaNews obteve acesso, mostra que, até a última quinta-feira (13), 376 escolas estavam em greve. Nesta terça-feira (18), há 356 unidades paradas.
Ao todo, 346 escolas estão com as atividades normais. Na semana passada, eram 333. Já 65 unidades estão parcialmente funcionando. Antes, eram 58. Desta forma, são 411 escolas em atividades, o que representa 53,58%. No dia 13, eram 50,98%.
As unidades em greve representam 46,41%. Na semana passada, eram 49,02%.
Segundo o Governo do Estado, Mato Grosso possui 767 unidades escolares.
Os servidores da Educação estão parados desde o dia 27 de maio e exigem, entre outras coisas, o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e o cumprimento da lei da dobra salarial (aprovada em 2013), que dá direito a 7,69% a mais na remuneração, anualmente, durante 10 anos.
Em nota, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que acreditar que a desmobilização é resultado da “sensibilidade dos professores”, que, segundo ele, conseguiram compreender a impossibilidade de o Estado conceder reajuste em razão da crise e dos impedimentos judiciais.
Alair Ribeiro/MidiaNews
O governador Mauro Mendes, que enfrenta greve dos servidores da Educação
Outro fator determinante, na avaliação do Estado, foram três decisões judiciais seguidas.
Uma delas confirmou o dever do Estado de proceder ao corte de ponto dos grevistas; a segunda determinou que o Sindicato dos dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT) arque com as despesas adicionais do transporte escolar; e a terceira proibiu o sindicato de impedir que alunos e professores entrem nas escolas.
Reunião com deputados
Na segunda-feira (17), Mendes se encontrou com deputados estaduais para discutirem propostas que visam dar fim à greve dos professores estaduais.
Entretanto, o democrata não acatou a nenhuma das três sugestões propostas por parlamentares.
Conforme a deputada Janaina Riva (MDB), o governador alegou que elas ferem uma das suas promessas de campanha, que é de não deixar dívida para outros Governos.
“O governador não tem uma proposta para a greve. Nós insistimos em alguns pontos, mas entendo também que, na posição do governador, nada mudou desde o início da greve até agora. Ele tem obtido êxito da Justiça e a proposta, pelo que eu pude ver hoje na reunião, não deve vir do Governo do Estado”, disse a deputada.
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3 Comentário(s).
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Ademar 19.06.19 06h15 | ||||
Greve vai durar uns 5 meses. Pode escrever ai | ||||
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carleth castro 18.06.19 12h15 | ||||
Infelizmente temos dois tipos de pessoas envolvidas nesta greve: Os que não querem nada e os que nada querem. Está é uma greve deflagrada no momento inoportuno, inconveniente e muitos não tem conhecimento crítico da realidade difícil que passa o Estado de Mato Grosso. Além disso, prorrogar validade de Leis , seria uma conivência do Governador com o caos de Mato Grosso. | ||||
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Janaina 18.06.19 11h16 | ||||
Quem quer realmente estudar, nesse momento esta na sala de aula e estudando, que não quer estudar está fazendo protesto. E alunos, vamos valorizar mais os professore.s | ||||
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