Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
SERVIDORES PARADOS
11.06.2019 | 09h28 Tamanho do texto A- A+

Após duas semanas, quase metade das escolas não adere à greve

Governo diz que 361 das 767 unidades escolares estão em atividade; movimento teve início em maio

Marcos Vergueiro/Secom-MT

A secretária de Educação Marioneide Kliemaschewsk: 47% das escolas não paralisaram atividades

A secretária de Educação Marioneide Kliemaschewsk: 47% das escolas não paralisaram atividades

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

Um levantamento feito pelo Governo do Estado aponta que 47% das escolas de Mato Grosso estão em atividade após duas semanas do início da greve dos profissionais da Educação.

 

Os servidores parados exigem, entre outras coisas, o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e o cumprimento da lei da dobra salarial (aprovada em 2013), que dá direito a 7,69% a mais na remuneração, anualmente, durante 10 anos. 

 

Ao todo, 326 unidades estão com as atividades normais. Já 35 escolas estão parcialmente funcionando. O Estado possui 767 unidades.

 

Ainda segundo os dados, 406 escolas aderiram ao movimento paredista. O número representa 52,94% das escolas de Mato Grosso.

 

Se comparado com a primeira semana da paralisação, aumentou o número de unidades que estão parcialmente em greve, passando de 15 para 35. Do mesmo jeito, houve aumento no número das que aderiram ao movimento. Segundo a comparação, passou de 322 para 406.

 

A mudança se deve ao fato de que, das 767 escolas, 61 ainda estavam realizando assembleias para deliberarem sobre o movimento grevista naquela semana. Agora, todas as instituições já deliberaram sobre o assunto.

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

greve educação

Por unanimidade, servidores da Educação decidem, na segunda-feira (10), manter greve

Para o Executivo, os números são favoráveis. Isso porque, segundo o Governo, cidades como Tangará da Serra (a 239 quilômetros a médio-norte), que conta com 20 escolas, e Sorriso (a 420 quilômetros ao norte), com oito unidades escolares, estão com apenas uma unidade parada em cada município. 

 

Ofício e continuidade

 

Na semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) encaminhou um ofício ao Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintep-MT) dizendo estar impedido legalmente de conceder aumento salarial aos servidores.

 

Segundo o documento, mesmo em um cenário otimista de crescimento da receita, o Executivo irá estourar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) até 2023, caso conceda os reajustes salariais requeridos.

 

Na segunda-feira (11), os profissionais de Mato Grosso votaram por manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada no dia 27 de maio. A decisão foi tomada em uma assembleia geral.

 

O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, afirmou que o Governo não apresentou propostas com base nas reivindicações feitas pela categoria.

 

“Esse documento aborda uma série de questões, mas não responde à nossa pauta de reivindicações. Esse documento não apresenta elementos suficientes para que possamos discutir, nessa assembleia geral, a suspensão da greve, com base nos pontos que foram apresentados para o Governo”, disse.

 

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“MT não tem condição de continuar aumentando gasto com pessoal”

 

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aloísio  11.06.19 10h23
DEU NO ESTADÁO: "Os governadores assumem sozinhos o ajuste nas contas e são obrigados a repassar integralmente aos demais Poderes a parcela mensal de recursos prevista no orçamento, chamada de “duodécimo”, mesmo que a projeção de despesas já não seja mais factível diante da queda nas receitas. A situação agrava as dificuldades dos Executivos estaduais, que são responsáveis por gastos prioritários como saúde, educação e segurança, mas precisam fazer um contingenciamento maior que o realmente necessário para garantir a transferência aos demais Poderes. Enquanto isso, Legislativo, Judiciário, MP e Defensoria ficam blindados do aperto e com recursos disponíveis para conceder reajustes e outros benefícios, como auxílio-moradia. No Mato Grosso, o Executivo ficou com o caixa no vermelho em R$ 1,4 bilhão no fim do ano passado, enquanto sobravam R$ 417,1 milhões nos cofres do Judiciário e do Ministério Público." Conclusão: o dinheiro não sumiu ...
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