Cuiabá, Quarta-Feira, 3 de Dezembro de 2025
SUICÍDIO CONTESTADO
03.12.2025 | 09h20 Tamanho do texto A- A+

Advogada encontrada morta passa por novo exame de necropsia

Nova análise foi realizada a pedido do Ministério Público Estadual, mas o laudo ainda não foi entregue

Reprodução

Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, que foi encontrada morta em seu apartamento

Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, que foi encontrada morta em seu apartamento

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Um novo exame de necropsia foi realizado no corpo da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

 

Viviane foi encontrada morta em seu apartamento na noite do dia 17 de setembro, em Cuiabá. Inicialmente, o caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como um possível suicídio, mas a família contestou desde o início essa versão.

 

Segundo apurou a reportagem, o exame já foi realizado, mas o laudo ainda não foi encaminhado às autoridades. O documento ainda está dentro do prazo legal para entrega. Não foram divulgadas a data exata da realização do exame nem os motivos específicos que levaram ao pedido, pois o caso segue sob sigilo.

 

No domingo, 23 de novembro, a família da advogada voltou a questionar a versão de suicídio durante reportagem exibida no programa Domingo Espetacular, da RecordTV.

 

De acordo com o ex-namorado, que encontrou o corpo, a advogada teria tirado a própria vida por não aceitar o fim do relacionamento.

 

A reportagem também mostrou imagens de câmeras de segurança do dia anterior à morte, nas quais o ex-namorado, Raphael Augusto de Campos Gomes Rondon, aparece em dois momentos distintos na entrada do condomínio.

 

O delegado Caio Albuquerque, da DHPP, afirmou que Raphael não é considerado suspeito.

 

“Ele é uma pessoa que tinha um relacionamento com a vítima. Vamos verificar os fatos e analisar se há algum comportamento que, de certa forma, o coloque na posição de suspeito. O caso segue em investigação". 

 

Ainda segundo o delegado, imagens de câmeras de segurança já foram coletadas, assim como o celular da jovem, por uma equipe da Polícia Civil que investiga o caso.

 

Última perícia

 

O corpo de Viviane foi encontrado por volta das 22h do dia 17 de setembro, e a necropsia teve início no dia seguinte, às 8h52. Segundo o documento, o corpo estava completamente enrijecido, e o perito estimou que a morte teria ocorrido entre 18 e 24 horas antes da análise.

 

De acordo com o laudo, a vítima foi encontrada em sua residência com um “laço constritor”, identificado como um cinto ao redor do pescoço, preso à maçaneta da porta do banheiro, “em posição compatível com enforcamento atípico, de baixa suspensão”.

 

O documento aponta que as marcas internas e externas são “típicas de asfixia mecânica por constrição cervical”, ou seja, morte por enforcamento ou estrangulamento, quando há pressão no pescoço que impede a passagem de ar e de sangue para o cérebro.

 

As lesões indicam que a vítima estava viva quando a pressão foi aplicada no pescoço.

 

“Os achados são, portanto, compatíveis com morte por asfixia mecânica decorrente de enforcamento atípico, de provável natureza suicida”, conclui o laudo. 

 

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