Um novo exame de necropsia foi realizado no corpo da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).
Viviane foi encontrada morta em seu apartamento na noite do dia 17 de setembro, em Cuiabá. Inicialmente, o caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como um possível suicídio, mas a família contestou desde o início essa versão.
Segundo apurou a reportagem, o exame já foi realizado, mas o laudo ainda não foi encaminhado às autoridades. O documento ainda está dentro do prazo legal para entrega. Não foram divulgadas a data exata da realização do exame nem os motivos específicos que levaram ao pedido, pois o caso segue sob sigilo.
No domingo, 23 de novembro, a família da advogada voltou a questionar a versão de suicídio durante reportagem exibida no programa Domingo Espetacular, da RecordTV.
De acordo com o ex-namorado, que encontrou o corpo, a advogada teria tirado a própria vida por não aceitar o fim do relacionamento.
A reportagem também mostrou imagens de câmeras de segurança do dia anterior à morte, nas quais o ex-namorado, Raphael Augusto de Campos Gomes Rondon, aparece em dois momentos distintos na entrada do condomínio.
O delegado Caio Albuquerque, da DHPP, afirmou que Raphael não é considerado suspeito.
“Ele é uma pessoa que tinha um relacionamento com a vítima. Vamos verificar os fatos e analisar se há algum comportamento que, de certa forma, o coloque na posição de suspeito. O caso segue em investigação".
Ainda segundo o delegado, imagens de câmeras de segurança já foram coletadas, assim como o celular da jovem, por uma equipe da Polícia Civil que investiga o caso.
Última perícia
O corpo de Viviane foi encontrado por volta das 22h do dia 17 de setembro, e a necropsia teve início no dia seguinte, às 8h52. Segundo o documento, o corpo estava completamente enrijecido, e o perito estimou que a morte teria ocorrido entre 18 e 24 horas antes da análise.
De acordo com o laudo, a vítima foi encontrada em sua residência com um “laço constritor”, identificado como um cinto ao redor do pescoço, preso à maçaneta da porta do banheiro, “em posição compatível com enforcamento atípico, de baixa suspensão”.
O documento aponta que as marcas internas e externas são “típicas de asfixia mecânica por constrição cervical”, ou seja, morte por enforcamento ou estrangulamento, quando há pressão no pescoço que impede a passagem de ar e de sangue para o cérebro.
As lesões indicam que a vítima estava viva quando a pressão foi aplicada no pescoço.
“Os achados são, portanto, compatíveis com morte por asfixia mecânica decorrente de enforcamento atípico, de provável natureza suicida”, conclui o laudo.
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