O governo federal anunciou, nesta terça-feira (13) que pretende enviar, nos próximos quatro anos, cerca de 20 mil pesquisadores aos Estados Unidos, beneficiando com bolsas de estudos alunos desde a graduação até o pós-doutorado.
O anuncio foi feito pelo ministro da ciência, tecnologia e inovação, Marco Antonio Raupp, em reunião como o conselheiro científico da Casa Branca, John Holdren.
Holdren veio ao Brasil para acertar detalhes da Comissão Mista de Ciência e Tecnologia Brasil-Estados Unidos, que vem sendo discutida desde o início do ano.
As reuniões da comissão ocorrem quase um mês antes da viagem da presidenta Dilma Rousseff a Washington (EUA), nos dias 9 e 10 de abril.
O ministro Marco Antonio Raupp disse, durante o evento, que o governo deve ampliar o programa de cooperação entre os países a partir do desenvolvimento de novas áreas de pesquisa nas áreas de nanotecnologia de informação, tecnologia da informação e comunicação e biomedicina e ciência da vida.
Segundo o conselheiro americano, o objetivo dos EUA não é deter o monopólio da ciência e tecnologia no mundo.
- Nenhum país tem o monopólio de ciência e tecnologia. Cada vez mais faz sentido trabalhar [de forma integrada]. Claro que precisamos cada vez mais de norte-americanos falando português. Não temos o luxo de não cooperar. Isso exige intercâmbio e cooperação. Os recursos são tão escassos que é preciso cooperar, costuma dizer o presidente [norte-americano] Barack Obama.
As bolsas de estudos serão oferecidas aos estudantes de graduação e pós-graduação por meio do programa “Ciência sem Fronteiras”, que mantém convênios com diversas instituições do mundo.
O projeto foi criado em dezembro de 2011 e é administrado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.