Mato Grosso tem 21 casos e três mortes confirmadas

Subiu para 67 o número de notificações de casos de Gripe H1N1 feitas em todo o Estado, nos seis primeiros meses do ano. Também conhecida como Gripe A, a doença já foi confirmada em 21 das ocorrências feitas e já matou três pessoas em Cuiabá, Campo Verde e Parantinga.

Das notificações feitas, 28 casos foram descartados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e 18 ainda estão sob investigação. A possibilidade de um quarto óbito causado pela doença também está sendo investigada em Pontes e Lacerda (448 km a Oeste da Capital).

Até o momento, segundo o boletim divulgado pela pasta, os municípios que já apresentaram casos confirmados da doença foram Cuiabá (6), Campo Novo dos Parecis (7), Campo Verde (1), Rondonópolis (3), Várzea Grande (1), Pedra Preta (1) e Paranatinga (2).

Os municípios que possuem casos ainda sob investigação, por meio de exames laboratoriais, são Rondonópolis (5), Cuiabá (2), Campo Novo dos Parecis (5), Diamantino (1), Jaciara (1), Figueirópolis D’Oeste (1), Campo Verde (1), Ipiranga do Norte (1) e Pontes e Lacerda (1).

Apesar do número de casos da Gripe A estar aumentando gradativamente em Mato Grosso, a gerente de Vigilância Epidemiológica do Estado, Valéria Cristina da Silva, descarta a ocorrência de surto ou epidemia, afirmando que as ocorrências estão dentro do esperado.

Esse período do ano também contribui para a transmissão da doença, uma vez que os municípios mato-grossenses têm registrado, a cada dia, menores índices de umidade relativa do ar e altas temperaturas.

A doença

A Gripe A/H1N1 é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. A transmissão ocorre por meio de secreção das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos.

Os sintomas são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores: tosse, rouquidão, congestão nasal, febre, mal-estar, dores musculares e dor de cabeça.

Tratamento

O tratamento antiviral é importante para melhoria do quadro e quebra na cadeia de transmissão, uma vez que, após o uso de antiviral, o indivíduo deixa de transmitir o vírus.

A principal intervenção preventiva em saúde pública é a vacinação, que contribui para prevenção da gripe, além de apresentar impacto de redução das internações hospitalares, mortalidade evitável e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.

A vacina é trivalente e previne contra os três tipos de vírus de Influenza: H3N2, H1N1 e Influenza B.

População de risco

O controle da Influenza requer uma vigilância qualificada, somada às ações de imunização anuais, direcionadas aos grupos considerados de maior vulnerabilidade, constituídos por idosos, crianças, povos indígenas, trabalhadores de saúde, gestantes e população prisional.