LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Mato Grosso já registrou 55 notificações de casos de Gripe A/H1N1, apenas no primeiro semestre deste ano, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (1) pela Secretaria de Estado de Saúde.
Destes, apenas 20 casos foram confirmados. Outras 15 suspeitas estão investigações e as 20 demais notificações foram descartadas.
Segundo a pasta, até 31 de julho deste ano, cinco pessoas morreram. Três óbitos já foram confirmados como em decorrência da doença, sendo um na Capital, um em Campo Verde e um em Parantinga.
Os outros dois casos estão sob investigação e ocorreram em Água Boa e Pontes e Lacerda.
A gerente da Vigilância Epidemiológica do Estado, Valéria Cristina da Silva, disse que as ocorrências estão dentro do esperado para Mato Grosso e não há possibilidade de surto ou epidemia da doença no Estado.
A população, no entanto, continua assustada com os avanços do vírus Influenza H1N1 e procura, em massa, por vacinas nos postos de Saúde da rede pública. Em Cuiabá, a procura foi tanta que falta medicamento, até mesmo, nas unidades particulares.
Apesar do período de campanha de vacinação ter sido encerrado, a SES divulgou que as pessoas que se enquadram no grupo prioritário ainda podem procurar pelo medicamento nos postos. Fazem parte desse grupo idosos, gestantes, doentes crônicos, crianças menores de dois anos de idade e os trabalhadores da área de Saúde.
CasosAté o momento, os municípios que apresentaram confirmação dos casos são Cuiabá (6), Campo Novo dos Parecis (6), Campo Verde (1), Rondonópolis (3), Várzea Grande (1), Pedra Preta (1) e Paranatinga (2).
Já os municípios que possuem casos sob investigação são Rondonópolis (5), Cuiabá (2), Campo Novo dos Parecis (1), Diamantino (1), Jaciara (1), Água Boa (1), Figueirópolis D’Oeste (1), Campo Verde (1), Ipiranga do Norte (01) e Pontes e Lacerda (01).
A doençaA Gripe A/H1N1 é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreção das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar e também pelas mãos.
Os sintomas são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores: tosse, rouquidão, congestão nasal, febre, mal-estar, dores musculares e de cabeça.
Aos primeiros sinais de piora, como falta de ar, o doente deve ficar atento. Quanto mais cedo for usado um antiviral distribuído pelo Ministério da Saúde, mediante receita médica, melhor.
A recomendação é que o remédio seja tomado nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas. Isso ajuda a abreviar a doença e minimizar as chances de transmissão. É importante procurar um médico.
Quem já teve a gripe H1N1 já criou anticorpos e, caso volte a ter a mesma gripe, terá com menor intensidade. Uma das dicas para se prevenir é deixar os ambientes arejados.
O vírus precisa de uma distância de mais ou menos 1 metro para ser transmitido e consegue sobreviver até 7 horas fora do corpo.
VacinaçãoA principal intervenção preventiva em saúde pública é a vacinação, que contribui para prevenção da gripe, além de apresentar impacto de redução das internações hospitalares, mortalidade evitável e gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.
A vacina é trivalente e previne contra 3 tipos de vírus de Influenza: H3N2, H1N1, Influenza B.