O relatório da Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso (SRTE) apontou, nesta semana, irregularidades na obra de construção do edifício comercial Amazon Business,.
Na queda de um elevador, em janeiro deste ano, três operários morreram e outros três ficaram feridos. A obra ficou paralisada por um período de 30 dias, mas as atividades já foram retomadas.
O acidente ocorreu no dia 5 de janeiro. O canteiro de obras está localizado na Avenida Ipiranga, no bairro Quilombo, e é de responsabilidade Construtora Pactual, de Cuiabá.
Em entrevista,o superintendente em exercício da SRTE, Amarildo Borges, revelou algumas das principais falhas encontradas na obra.
Entre as irregularidades relatadas, está o rompimento do eixo redutor do elevador. O rompimento desse eixo foi determinante para a queda do equipamento; quando o elevador despencou, os freios de segurança não funcionaram.
Além disso, foi observado que a obra também não possuía uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). A inexistência da Comissão pode ter agravado a ocorrência do acidente.
A Cipa é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança numa obra.
O relatório também apontou que os trabalhadores estavam com cursos desatualizados. Não havia plano de gerenciamento de risco na obra e prevenção de acidente.
Todas as irregularidades foram encaminhadas para o Ministério Público do Trabalho, e deverá ter o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec/MT) anexado ao relatório. O laudo deve ser concluído em um prazo de vinte dias.
O acidente
O acidente ocorreu por volta das 7h30, do dia 5 de janeiro deste ano, quando o elevador despencou de uma altura de 18 metros.
Morreram no local o mestre de obras Agnaldo Alves dos Santos, 40, e o responsável pelo próprio equipamento, Eurico de Jesus Ferreira, 38.
Fernando da Silva Conceição, 27, morreu dois dias após o acidente.
Outro lado
O MidiaNews entrou em contato com a assessoria jurídica da Construtora Pactual, mas, até a edição desta reportagem, não obteve resposta sobre o relatório da SRTE.
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