Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
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Empresário denuncia falta de pagamento em obra do aeroporto

Dívida seria de R$ 15 mil por serviços prestados nos últimos 70 dias

Pedro Alves/MidiaNews

Jailson Barbosa: contratado pelo Consórcio Marechal Rondon, mas sem pagamento

Jailson Barbosa: contratado pelo Consórcio Marechal Rondon, mas sem pagamento

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O empresário Jailson da Silva Barbosa, contratado como prestador de serviços na obra de ampliação e readequação do aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, acusa o Consórcio Marechal Rondon, responsável pela obra, de não realizar o pagamento devido há 70 dias.

O consórcio, formado pelas empresas Engeglobal Construções Ltda., Farol Empreendimento e Multimetal Engenharia, venceu a licitação realizada pelo governo do Estado para realização da obra com a proposta de R$ 77,2 milhões.

No contrato firmado com Jailson em 1º de julho deste ano e com vigência até 29 de setembro, o consórcio se comprometeu a pagar R$ 7,5 mil por mês ao empresário pela locação de um caminhão basculante para o transporte de entulho e aterro da obra.

“Depois de 70 dias sem receber, eu resolvi parar. Liguei várias vezes na Engeglobal, que lidera o consórcio e, como nada foi feito, fui pessoalmente ao escritório deles”, disse.

Segundo Jailson, ele foi atendido por um funcionário do setor financeiro da empresa, identificado apenas como Johnny, que pediu um prazo para discutir com a diretoria como o pagamento poderia ser feito.

“Ele me disse que a empresa tem R$ 20 milhões para receber e que ia falar com os diretores para que pudesse receber uma parte e a outra metade em cheque pré-datado. Dei um prazo para que tudo fosse acertado até ontem e nada foi feito”, afirmou.

De acordo com o contrato, apenas o boletim de medição do serviço prestado por Jailson era suficiente para o pagamento. Até o momento, porém, a dívida já soma R$ 15 mil.

No entanto, segundo ele, o serviço foi prestado até esta semana sem que nenhum valor fosse quitado pela empresa.

Jailson reclamou de descaso por parte da empresa, paralisou as atividades na obra e não descartou buscar a esfera jurídica, caso seja necessário.

“O que me deixou indignado é que a gente trabalha e é humilhado, perde tempo. Tenho despesas com a manutenção do caminhão, tenho que pagar salários. Cadê a seriedade da empresa, do Governo?”, questionou.

"O que me deixou indignado é que a gente trabalha e é humilhado, perde tempo. Tenho despesas com a manutenção do caminhão, tenho que pagar salários. Cadê a seriedade da empresa, do Governo?"

A obra


As obras de ampliação e reforma do aeroporto tiveram início em dezembro de 2012 e é considerada essencial para a realização do Mundial de 2014 na Capital.

Com a ampliação, o terminal deverá dobrar a sua área atual (passando dos atuais 5,46 mil m² para 13,2 mil m²), bem como sua capacidade anual, que deverá subir de 2,5 milhões para 5,7 milhões de passageiros por ano.

Com a conclusão da obra, o aeroporto que atende à Capital irá ganhar pontes de embarque e passará por obras de adequação das vias de serviço da área restrita, além de instalação de novas sinalizações horizontais, no pátio de aeronaves.

O projeto também prevê a execução de reforma, adequação e ampliação do acesso viário, bem como a expansão do estacionamento de veículos.

As intervenções no aeroporto ainda preveem a ampliação da Central de Utilidades e a construção de uma nova área de equipamentos de rampa, além de ampliação dos sistemas de infraestrutura básica (redes de energia elétrica, água, esgotos sanitários, águas pluviais e telecomunicações).

Outro lado


O MidiaNews entrou em contato com a Engeglobal por telefone na tarde da sexta-feira (13), mas foi informada que nenhum diretor estava na empresa no momento.

Até a edição desta matéria, ninguém retornou às ligações ou se posicionou sobre o assunto.



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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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Jair Anastácio  18.10.13 16h32
A INFRAERO e a SECOPA tem feito os pagamentos para o consorcio de acordo com a execução dos serviços, acontece que o consorcio não tem conseguido executar de forma satisfatoria e só recebe com o serviço prestado com boa qualidade.
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Thiago Souza  16.09.13 16h40
Isso é com a Infraero que é dona do aeroporto, o aeroporto não é do governo.
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JOÃO VICTOR CINTRA  16.09.13 14h28
FIQUEI PENSANDO, UM CONSÓRCIO FORMADO POR TRÊS EMPRESAS NÃO CONSEGUE PAGAR ESTA MICHARIA, O QUE DIZER ENTÃO DOS VALORES MAIORES, REFERENTE AOS FORNECEDORES DE MATERIAIS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. NÃO ESQUEÇAMOS O RECOLHIMENTO DO FGTS, INSS E RFB.
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Renato Matos  16.09.13 12h45
Acho bom o MP entrar neste caso e também averiguar a trincheira da Jurumirim, pois o sogro de um amigo meu que trabalhava lá, saiu dizendo que estão sem receber os salários. Acredito que estas obras deveriam ser acompanhadas semanalmente por algum órgão competente e verificar se de fato os pagamentos do governo do estado está acontecendo. O que não pode é ficar da forma como está, ou seja, com a maioria das obras sem data prevista para términar.
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alex  16.09.13 12h42
E uma falta de comprometimento das empresas que estao gerencias as obras, pois os pretadores de serviço tem fanilia e outras pessoas dependente desta renda, e preciso que o governo acompanhe todo o trabalho das empresas que ganhara as licitaçao da obra, pois que vai pegar mau e para o proprio governo.
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