Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
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Primeiro carro do VLT chega na quarta-feira, diz Secopa

Veículo será levado para o Pátio de Operações do modal, em Várzea Grande

Divulgação

Vagão do VLT sendo desembarcado no Porto de Santos (SP) para o Porto Seco de Cuiabá

Vagão do VLT sendo desembarcado no Porto de Santos (SP) para o Porto Seco de Cuiabá

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O primeiro carro do Veículo Leve sobre Trilhos cuiabano chega à Capital na quarta-feira (6), segundo informações do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.

O anúncio de que o modal chegaria nesta semana já havia sido feito pelo governador Silval Barbosa (PMDB), durante inaugurações de obras de mobilidade da Copa do Mundo de 2014, na região do Coxipó.

O veículo é formado por sete módulos (vagões) e foi dividido em três partes para o translado, sendo transportado por carretas que saíram do Porto de Santos (SP), no dia 24 de outubro, onde atracou depois de ter partido do Porto de Bilbao, na Espanha, onde foi fabricado.

As carretas têm cerca de 100 metros de comprimento e viajam apenas durante o dia, a velocidade média é de 40 km/h, com monitoramento via satélite 24 horas, durante todo o trajeto, estimado em 1.800 quilômetros, de Santos a Cuiabá.

O carro deverá chegar ao Porto Seco de Cuiabá e, em seguida, será levado ao Pátio de Operações do VLT, localizado em Várzea Grande.

Ao todo, o modal será composto por 40 carros, construídos pela empresa CAF Indústria e Comércio, que compõe o consórcio, sendo responsável pelo fornecimento do material rodante (trens) e sinalização ferroviária.

Divulgação

VLT: primeiros vagões chegam à Capital na quarta-feira (6)

Outros 11 carros do VLT também são esperados pelo Estado, por já terem sido embarcados do Porto de Bilbao, na Espanha, em agosto deste ano.

Cada carro do VLT é formado por sete vagões, com aproximadamente 44 metros de comprimento cada, largura de 2,40 metros e altura aproximada de 3,60 metros, tendo capacidade para transportar até 400 passageiros – sendo 72 sentados.

Os veículos serão bidirecionais, com cabines de condução localizadas em ambas as extremidades, bem como funcionarão com velocidade contínua de 60 km/h, por até 20 horas por dia.

Translado

O consórcio destacou a logística “arrojada” montada para o transporte dos veículos, que demandou a contratação de uma empresa especializada em logística integrada e carga, a Mac Logistic.

A empresa elaborou todo o plano logístico e também é responsável pela execução do mesmo.

Depois de serem descarregados no Porto de Santos, os três vagões foram retirados dos mafis (espécie de container), e por meio da mesa de transbordo, colocados em três caminhões com prancha rebaixada.

Por se tratar de um produto com severas restrições de içamento e maior fragilidade das composições (por ser feito de ligas leves de alumínio), a empresa teve de elaborar um projeto que evita o içamento dos vagões.

Por isso, o VLT é movimentado de uma plataforma para outra via trilhos e sem a necessidade de içamento. Para tanto, a empresa responsável pela logística adaptou trilhos nos mafis, na plataforma dos caminhões e desenvolveu duas peças exclusivas: a mesa de transbordo (mafi-caminhão) e a rampa de desembarque (com aproximadamente 45 metros de extensão).

VLT, durante testes na Espanha, antes de ser embarcado para o Brasil

O VLT

Orçado em R$ 1,477 bilhão, o VLT será implantado nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande (Fernando Corrêa da Costa, Coronel Escolástico, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente Coronel Duarte - Prainha - e XV de Novembro na Capital e FEB, João Ponce de Arruda, na cidade vizinha), totalizando 22 km de extensão.

No trajeto estão previstas obras de artes especiais (trincheiras, viadutos e pontes), além da reestruturação da cobertura do córrego da Prainha. Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada no Porto, onde também poderá ser feita a integração com o transporte coletivo (ônibus).

A obra está sendo executada pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.

A implantação do modal consta na Matriz de Responsabilidades como a solução para a mobilidade urbana da Capital, segundo o secretário da Copa, Maurício Guimarães.

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8 Comentário(s).

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Julio Muzzi  05.11.13 15h45
Partindo do princípio que obra "cara" é também aquela inacabada, vomos rezar para que essa locomotiva comece a funcionar no prazo definido em contrato.
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janio  05.11.13 15h31
se nao me engano era pra chegar o primeiro e maio/junho que passou. Não vai adiantar de nada sendo que não ficara pronto tão cedo.
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Rodrigo  05.11.13 11h56
A impressão que tenho é que as empresas que formam o consorcio VLT-CBA-VG trabalham de forma totalmente assíncrona. Enquanto a empresa que fabrica os vagões, trilhos e parte rodante está entregando seus produtos, a outra parte que é responsável pela parte da estrutura física (viadutos, trincheiras e adequações viárias)está completamente atrasada , desorganizada e ainda parece ter poucos profissionais com conhecimento para tal.
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Sandro  05.11.13 11h46
Maravilha...tomara que funcione e que a passagem seja menor que a dos maravilhosos, limpos, conservados e respeitosos Onibus coletivos...
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Gean Carlo  05.11.13 11h21
Todos que criticávamos o Governo, era para sair desta imensa zona de conforto, senão nada sairia, muitas obras para depois da Copa, e ainda tenho a certeza que se tiver uma rigidez com o consórcio VLT sai sim os dois trechos até Maio ou Junho/14, muitas obras vão se encerrar, mande estes homens para dar inicio no viaduto Beira Rio, para fazer o canteiro onde vá passar o VLT, a ponte do Coxipó, com foco e muito trabalho chega-se lá sim, vamos acreditar Governador, avante!!!
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