LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O candidato a prefeito de Cuiabá pelo PT, Lúdio Cabral (PT), classificou de “eleitoreiras” as críticas feitas pelos adversários Mauro Mendes (PSB) e Carlos Brito (PSD) ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
O petista defendeu o modal de transporte que está sendo implantado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) na capital mato-grossense, como alternativa de transporte coletivo para a Copa do Mundo de 2014, e condenou as declarações negativas dos dois candidatos.
“Tem candidato torcendo contra o VLT com preocupação eleitoral. Estão preocupados com as eleições, ao criticarem o Governo do Estado, o Governo Federal. Precisamos é de sintonia entre essas três esferas. Quem critica o VLT hoje, com a preocupação eleitoral, está cometendo um erro enorme”, disparou.
Mendes e Brito criticaram o alto custo do investimento no VLT, que foi contratado por R$ 1,47 bilhão. Eles também reclamaram da falta de informações, principalmente a respeito da tarifa (Leia mais
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Lúdio ressaltou a contradição de as críticas dos adversários terem sido feitas justamente em um evento que tratava sobre sustentabilidade [um encontro no Crea-MT].
“Curiosamente, no evento feito na terça-feira (24), para assinatura do compromisso de sustentabilidade, dois candidatos, Mauro Mendes e Carlos Brito, criticaram o VLT. Uma contradição sem precedentes, porque o VLT é um instrumento de transporte sustentável. Utilizar o argumento que utilizaram em um evento onde foi assinada uma carta para a sustentabilidade é uma contradição enorme”, observou o petista.
“Essas críticas, se não foram eleitoreiras, apenas demonstram o total desconhecimento da importância que o VLT tem para a mudança positiva da nossa cidade”, afirmou.
Lúdio informou que, com o VLT, os deslocamentos por ônibus em Cuiabá devem ser reduzidos em dois terços, gerando um impacto positivo no caótico trânsito de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o candidato, somente na Avenida Fernando Corrêa, atualmente, são 180 viagens de ônibus por hora, nos horários de pico.
“Esses ônibus que saem de bairros como o Pedra 90 ou Santa Laura até o Centro de Cuiabá passarão a ir somente até o terminal do VLT. O sistema tem que ser absolutamente integrado, e os dois ramais principais do VLT têm que receber os passageiros dos ônibus que virão dos bairros”, explicou.
“Poucas linhas, de 15 a 20%, devem continuar operando, independentemente do VLT. Isso gera uma mudança do desenho da cidade e do trânsito”, afirmou.
Redução de tarifaLúdio Cabral destacou que, apesar do alto custo da obra, o fato de o Governo do Estado ter assumido a implantação do VLT permitirá que a tarifa seja acessível ao cidadão – inclusive, mais barata que a passagem de ônibus atual, que custa R$ 2,70.
“Eu estive quatro horas reunido com a equipe técnica da Secopa, fazendo todas essas perguntas que a população tem sobre o VLT. O fato de o Estado arcar com o investimento para materializar a obra significa que quem for operar o VLT não terá que reverter na tarifa o investimento que foi feito na construção. Nos estudos que a Secopa está fazendo, aponta inclusive a possibilidade de redução de custo da tarifa, até mais barato que o ônibus”, disse o candidato.
