Reitor recua de candidatura e PMDB lança empresário

O reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Adriano Silva (PMDB), anunciou a desistência do projeto de disputar a Prefeitura de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá). Ele era o favorito da cúpula estadual do partido para disputar o comando do município.

Com a desistência do professor, o partido tenta, agora, viabilizar a candidatura do empresário Francis Maris (PDMB).

Em reunião suprapartidária, que contou com a presença de 15 siglas, na terça-feira (29), Adriano comunicou sua desistência do pleito e a intenção de concluir seu mandato à frente da instituição de ensino. Na ocasião, o partido lançou a pré-candidatura de Francis.

Ele desbancou outros postulantes à vaga de candidato do PMDB, como o empresário Tato Giraldelli, o “Tato Embalagens”, e o servidor público Renato Fidelis. No meio dessa inflação de possíveis candidatos da sigla, até mesmo o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, foi apontado como possível concorrente.

“Meu mandato como reitor vai até 2014, e minha saída agora poderia prejudicar a Unemat. Além disso, acredito que o Francis tem mais condições que eu para administrar Cáceres, pois é um empresário bem sucedido”, disse o peemedebista ao MidiaNews.

Apesar de ter se afastado da disputa, Adriano diz que vai continuar nas discussões para emplacar a candidatura do partido. "Estamos convidando vários partidos para discutir, mesmo os que já têm pré-candidatos, como o PSD. Se eles quiserem conversar, estamos abertos. Se não quiserem, vamos disputar as eleições", observou.

Francis, por sua vez, adota um discurso mais moderado, e até admite a possibilidade de recuar para abrir espaço a outro partido que tenha um candidato com mais condições de bater o atual prefeito, Túlio Fontes (DEM), que disputará a reeleição. “Vou conversar individualmente com os presidentes de cada partido agora. Pelo menos oito siglas devem estar conosco nessa coalizão de oposição”, declarou o empresário.

“Estou conversando também com outros pré-candidatos, como o vice-prefeito Wilson Kishi (PDT) e dr. Leonardo Albuquerque (PSD). Se eles estiverem na frente nas pesquisas... Não adianta ser candidato se a população não quiser. O mais importante é promover mudanças no município”, avaliou.

No entanto, o empresário descarta a possibilidade de sair como vice em alguma chapa. “Se eu não estiver bem nas pesquisas, o grupo vai indicar outra pessoa para ser vice”, afirmou.

Francis aposta no alinhamento com o governo estadual para emplacar a candidatura, mas seu principal trunfo deve ser o apoio do deputado federal Pedro Henry (PP), que estaria empenhado em emplacar um vice na chapa encabeçada pelo PMDB. O pré-candidato deve se reunir com o governador Silval Barbosa (PMDB) ainda esta semana, para tratar da candidatura e discutir sobre o apoio do peemedebista no pleito.