Cuiabá, Sábado, 21 de Junho de 2025
OPERAÇÃO SANGRIA
15.06.2021 | 18h00 Tamanho do texto A- A+

Acusados de fraudes na Saúde prestam depoimentos à Justiça

Grupo é acusado de destruir provas durante investigação sobre esquema de monopólio na Saúde

Divulgação

O juiz Paulo Cezar Sodré, da 7ª Vara Criminal Federal

O juiz Paulo Cezar Sodré, da 7ª Vara Criminal Federal

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O juiz Paulo Cezar Sodré, da 7ª Vara Criminal Federal, está ouvindo os réus na Operação Sangria, que investiga um suposto esquema de monopólio nos serviços de saúde de Cuiabá e em Mato Grosso. 

 

Entre eles está o ex-secretário de Saúde de Emanuel Pinheiro (MDB), Huark Douglas Correia.

 

A investigação apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas praticadas por médicos, que administravam empresas, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesar o erário público.

 

As fraudes se davam, segundo as investigações, por meio de contratos vinculados à secretarias estadual e municipal de Saúde com as empresas usadas pela organização, em especial a Proclin e a Qualycare.

  

O interrogatório teve início nesta segunda-feira (14) e acabará na quinta-feira (17). O processo corre em segredo de Justiça. 

 

As audiências dizem respeito ao processo criminal em que um grupo de médicos e servidores públicos é acusado de destruir provas durante as investigações sobre o monopólio nos serviços médicos.

 

O inquérito principal, que investigou o próprio monopólio, ainda não foi concluído pela Polícia Federal.

 

Depoimentos

 

A reportagem apurou que foram ouvidos na segunda-feira (14) o ex-secretário Huark Douglas Correia e Adriano Luis Alves Souza, um dos administradores da Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna (Proclin).

 

Nesta terça-feira (15), foram ouvidos ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques da Silva, e os médicos Fábio Liberali Weissheimer e Luciano Correa

 

Conforme apurou a reportagem, no depoimento desta terça-feira Adriano se reservou no direito de permanecer calado, não respondendo as questões do juiz e do Ministério Público Federal.

 

O ex-secretário Huark respondeu parte das perguntas. A reportagem não teve acesso aos questionamentos e respostas.

 

Na segunda-feira, Flávio negou que tenha alguma relação com a organização criminosa. Já os médicos Luciano e Fábio responderam parte das perguntas e se calaram sobre outras.

 

Na próxima quinta-feira (17) serão ouvidos a mãe de Fábio Liberali, Celita Natalina Liberali, Kednia Iracema Servo e Fábio Taques Figueiredo.

  

Após a finalização dos interrogatórios, o juiz vai abrir prazo para pedidos de diligências, tanto da defesa quanto da acusação. Em seguida, o magistrado abre prazo para as alegações finais, tanto da defesa quanto da acusação.

 

Destruição de provas

 

Segundo as investigações, o grupo mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) pudessem prestar serviço a entes públicos.

 

Em março de 2019, na segunda fase da Operação, a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), cumpriu mandado de prisão contra o Huark Douglas Correia, Fábio Liberali, Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia, Fábio Taques Figueiredo.

 

O delegado Lindomar Aparecido Tofoli, titular da Defaz à época dos fatos, explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal, ficou constatado que o grupo teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.

 

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