Cuiabá, Sexta-Feira, 26 de Setembro de 2025
EXAME DA ORDEM
10.12.2010 | 17h31 Tamanho do texto A- A+

Candidata denuncia irregularidades em prova da OAB

Bacharel diz que critérios adotados pela FGV descumprem norma da Ordem e o edital

MidiaNews

Ordem em Mato Grosso diz que confia no trabalho da Fundação Getúlio Vargas

Ordem em Mato Grosso diz que confia no trabalho da Fundação Getúlio Vargas

ANTONIELLE COSTA
DA REDAÇÃO

O alto índice de reprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil causou revolta nos bacharéis em Direito, que prestaram o concurso, em todo país. Em Mato Grosso, apenas 7% dos 2.600 inscritos foram aprovados, segundo o presidente da entidade, Claúdio Stábile.

Em entrevista ao MidiaNews, a estudante Talitha Laila Ribeiro denunciou a existência de supostas irregularidades nos critérios de correção das provas relativas à segunda fase (prova prática), adotados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela aplicação do exame.

Segundo a bacharel em Direito, a FGV teria descumprido o provimento de nº 136/2009 - OAB, que prevê que "na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão o raciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, a capacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical e a técnica profissional demonstrada".

Para Thalita, a correção foi feita pela via eletrônica, não sendo levado em consideração o raciocínio jurídico exposto nas respostas. Esse fator, segundo ela, resultou na reprovação de milhares de alunos em todo o país. A estudante foi uma das alunas reprovadas e vai recorrer para que tenha sua prova recorrigida.

Após a divulgação do resultado do exame,  no último dia 6, o Conselho Federal da OAB, presidido por Ophir Cavalcante, solicitou a recorreção das provas, em função de equívocos ocorridos na divulgação dos gabaritos.

Ontem (9), Ophir voltou atrás e descartou a hipótese, após a FGV emitir um comunicado informando que o problema foi solucionado e negando qualquer problema na correção das provas.

Diante disso, os alunos que se sentiram prejudicados deverão decorrer do resultado junto à fundação. O prazo para recurso encerra se nesta sexta-feira (10). Segundo a FGV, a segunda fase teve 12.634 candidatos aprovados em todo Brasil, 11,8% do total de 106.941 inscritos no exame.

Outro lado

A reportagem tentou contato com a FGV e a assessoria de imprensa ficou de enviar, por e-mail, um posicionamento sobre o assunto, que, até a edição da matéria não fora enviado.

O presidente da OAB-MT, Cláudio Stábile, afirmou que a Ordem confia no trabalho da fundação e que os candidatos que se sentiram lesados deverão recorrer, solicitando a recorreção das provas.

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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José Freitas  22.12.10 11h54
O exame da OAB deve continuar, vez que sua extinção poderia resultar em prejuízo do faturamento dos cursinhos preparatórios,outrossim aumentar a concorrência na atividade da advocacia.
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Carlos  10.12.10 19h53
Isso tudo tem que se falar para o presidente da comissao de exame de ordem, mas como sempre ele é omisso. Aparece Daniel Teixeira. Cadê você?????
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julio jose  10.12.10 19h43
Esse exame não mede a capacidade profissional de nenhum bacharel,alem do que nenhum outro conselho requer exame para o exercicio das suas respectivas profissões,pois é na faculdade,assim diz a lei de educação que é a escola superior quem habilita seus profissionais,isso tem que acabar,vem essa Ordem e acaba com os sonhos de tantos brasileiros,que depois de passarem cinco anos nas faculdades pagando suas mensalidades tem que se submeter a esse vexame,isso até poucos anos não existia,fora o absurdo de alguns bachareis que ocupam determinadas funções pública não se sebmeterem a esse exame,isso é uma maquina de fabricar dinheiro,se não for porque não é gratuito,é só o governo-ministério da educação obrigar a OAB a aplicar os exames gratuitos.
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Paulo   10.12.10 18h55
Na hora de não ir às aulas ou da cobrança dos professores, ninguém reclama!
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Leandro Freitag  10.12.10 18h50
Isso pra mim, nada mais é, do que reserva de mercado.
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