O ano de 2025 foi decisivo para o avanço das investigações sobre o assassinato do advogado Renato Gomes Nery, morto a tiros em 5 de julho de 2024, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. Ao longo do ano, operações foram realizadas, descobriu-se a motivação do crime, além de mandantes, executores e intermediários terem sido presos.

Para 2026, a família aguarda pelo júri popular dos envolvidos na morte do advogado, confiante de que a justiça será feita, como afirmou uma das filhas, Renata Moreira Gomes Nery.
“Para nós, não é apenas sobre punir os responsáveis, mas sobre reafirmar o valor da vida do nosso pai e garantir que nada disso caia no esquecimento. Acompanhar cada etapa tem sido doloroso, mas nos deixa certos de que a verdade está aparecendo. Seguimos confiantes e com fé de que meu pai finalmente descansará após a justiça ser feita”, destacou Renata.
Confira a retrospectiva do caso:
O ano começou com a intensificação das investigações. Em março, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou uma nova etapa da Operação “Office Crimes – A Outra Face”, que resultou na prisão de cinco policiais militares, além do homem apontado como executor do advogado. A força-tarefa também apreendeu a arma usada no crime.
Já em abril, mais mandados foram cumpridos durante a fase denominada “Office Crimes – O Elo”, que mirou intermediários ligados à entrega da arma e à logística do crime. Outro envolvido foi preso no mesmo mês, reforçando a linha de investigação de que o assassinato foi premeditado e executado com apoio de diversos agentes.
A Polícia Civil concluiu em maio a primeira fase do inquérito e confirmou que a morte de Renato Nery foi motivada por disputa de terras no município de Novo São Joaquim. O relatório apontou que o advogado foi monitorado por dias e sua execução contou com a participação direta de um caseiro e de um policial militar, ambos indiciados por homicídio qualificado.
Reprodução
Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi são acusados de serem os mandantes do crime
Ainda em maio, o casal Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi foi preso preventivamente, acusado de mandar matar o advogado. Eles teriam ordenado a execução devido a conflitos agrários. A Justiça negou pedido de liberdade provisória da defesa.
Para o Ministério Público, o casal não apenas financiou o crime como também integrou um núcleo de liderança da organização criminosa.
Em julho, o Ministério Público apresentou aditamento à denúncia, incluindo Julinere e Cesar como réus e descrevendo a existência de uma organização criminosa com núcleos de comando, execução e obstrução de justiça. Ainda no mesmo mês, a Justiça acolheu o pedido e tornou o casal réu na ação penal.
Quando o crime completou um ano, no dia 6 de julho de 2025, familiares e amigos prestaram homenagens ao advogado no local onde ele foi morto. Uma estrela de granito foi instalada em memória de Renato, e foi anunciado que o prédio onde ele trabalhava foi renomeado como “Edifício Renato Gomes Nery”.
Já os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro foram marcados por tentativas de soltura e de pedidos de prisão domiciliar da mandante do crime, todos negadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o momento.
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