Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
DANOS MORAIS
02.05.2012 | 07h30 Tamanho do texto A- A+

Cliente afirma que foi "humilhado" e processa Big Lar

Advogado Pitter Jonhson alega que foi humilhado e teve direito de locomoção violado pelo supermercado

MidiaJur

Funcionário público diz que foi tratado como se estivesse passando a perna no supermercado

Funcionário público diz que foi tratado como se estivesse passando a perna no supermercado

LAICE SOUZA
DO MIDIAJUR

O Supermercado Big Lar, em Cuiabá, está sendo processado pelo funcionário público Pitter Johnson da Silva Campos por danos morais. Ele afirmou ter sido "exposto ao ridículo", perante grande número de pessoas, ao ser acusado de não ter feito o pagamento de suas compras, por problema no computador do caixa do estabelecimento. O fato aconteceu no último domingo (29).

“Senti minha honra e meu direito de locomoção violados. Foi humilhante”, afirmou Pitter, que é cliente do supermercado há tempos.

Ao relatar o caso, o servidor contou que se dirigiu até o estabelecimento comercial, localizado na Avenida Miguel Sutil, por volta das 18 horas.

Conforme consta na reclamação, proposta junto ao Juizado Especial em Cuiabá, “após efetuar o pagamento da compra através de cartão de crédito, na modalidade débito, o pagamento foi devidamente autorizado pela administradora do cartão, mas o computador do supermercado paralisou e não foi possível imprimir o cupom fiscal”.

Nesse momento, ele disse para a atendente do caixa que não precisava do comprovante. E saiu com as compras.

“Quando eu estava no estacionamento, para minha surpresa, uma funcionária informou que eu tinha que retornar para dentro do supermercado para fazer o pagamento da compra, sob o argumento de que o pagamento não teria sido efetivado. Fui coagido”, comentou, dizendo que um atendente e um segurança o observavam de longe.

O funcionário público disse que explicou à atendente que, quando passou o cartão, a compra foi autorizada e que recebeu uma mensagem do banco, confirmando o pagamento, via mensagem para o seu aparelho de celular.

"Como bandido"

Ainda de acordo com as informações constantes da reclamação, apesar das explicações, Piter diz que foi “coagido a retornar ao interior do mercado, empurrando o carrinho cheio de compras por uma rampa, sendo observado pela grande quantidade de clientes que se faziam presentes no estacionamento, bem como dentro da loja”.

“Eu fui tratado como se estivesse passando a perna no mercado, como se eu fosse um bandido. Como se eu estivesse saindo do mercado sem pagar, isso perante todo mundo. Foi o maior constrangimento”, desabafou.

O servidor público afirmou que somente conseguiu provar que o pagamento foi efetivado, depois de muito tempo de discussão. “Só que, nesse tempo, muitos clientes que estavam na loja ficaram presenciando a situação. Foi humilhante”, afirmou.

Depois da confusão, segundo consta na reclamação, ele exigiu que o Big Lar realizasse o estorno do valor pago e se recusou a levar a compra.

“Com todo o transtorno, depois que fui humilhado e que tive violado o meu direito de locomoção, que é o direito de ir e vir, não tinha mais como ser cliente desse supermercado e levar as compras. Eles assumiram que eu estava certo, que eu fiz o pagamento, ao estornar a minha compra”, desabafou.

Na reclamação feita contra o Big Lar, Pitter esclarece que “era inadmissível o tratamento dispensado pelos funcionários do supermercado em questão, ainda mais por conta da reconhecida propaganda que se veicula na mídia, nos casos plásticos e no próprio comprovante de estorno, informando que é ‘diferente pra você’, porquanto não passa de um estabelecimento qualquer que não respeita os seus clientes”.

“Não ajuizei a ação pela indenização, mas sim para que o supermercado não faça mais isso com ninguém. É mais pelo valor pedagógico da pena. Senti-me humilhado e fui maltratatdo pelos funcionários. Sinceramente, não esperava isso”, afirmou.

O outro lado

A reportagem entrou em contato com o gerente do Big Lar, Marcos Fromer.

Ele informou que não tinha autorização para prestar nenhum tipo de esclarecimento sobre o caso. "Somente o setor jurídico da empresa pode prestar essas informações", disse.

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Pitter Johnson da Silva Campos  03.05.12 14h02
ESPERO QUE MEU COMENTÁRIO NÃO SEJA VETADO (RS) !!! Reafirmo a veracidade matéria séria do Mídia News e registro que minha família é cliente da Loja Matriz do Big Lar há muito tempo, desde quando era um simples "bolicho". Sempre aprovei o serviço prestado e o tratamento dispensado ao cliente, mas infelizmente fui vítima desse caso noticiado. É fato! Que vai ser apreciado pelo Poder Juciário.
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Roberto  03.05.12 10h01
Concordo com o Ivo quanto ao atendimento e funcionamento exemplar do Supermercado citado, por isso acho estranho até a citação de voltar empurrando o carrinho de novo para dentro do estabelecimento, pois creio que é um dos poucos do Brasil que existem carregadores, os mesmos que empacotam, para levar as compras dos clientes até o carro. Único estabelecimento da capital em que o caixa defende o direito do cliente idoso (meu pai já passou por isso) em ter a preferência de atendimento. Se um erro ocorreu, isso é normal, vi nesse caso tanto exagero quanto daquele da lesma da alface, curiosamente ocorrido no mesmo supermercado. Morei muito tempo em Curitiba, e lá os supermercados não chegam aos pés deste que temos em Cuiabá, e olha que Curitiba é uma cidade modelo. Errar minha gente, é humano. Que atire a primeira pedra quem nunca errou...
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Hélio de Castro  03.05.12 09h32
O Ivo aí em baixo diz não ter nenhum vínculo com o mercado, porém o texto mostra tanto conhecimento que chega a parecer que foi feito pelo dpto de marketing do mercado. É só uma opinião, não me leve a mal.
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IVO APARECIDO DA SILVA  02.05.12 23h24
Ola amigos, vivemos em uma democracia, o que da o direito a cada cidadão expressar suas opiniões e recorrer aos direitos que indivíduo achar cabível, pois é o que a atual constituição nos permite. Devo confessar-lhes que fiquei surpreso com o acontecimento citado pelo nosso companheiro o senhor Doutor Pitter Johnson da Silva Campos. Devido o meu trabalho, faço atendimento em 10 (dez) estados Brasileiros e são eles: MT, PA, AM, RO, AC, MS, PR, SC, RS e SP, e devo dizer lhes que ainda não consegui encontrar em nenhum desses estados nos quais frequento, um supermercado no qual o estacionamento é totalmente coberto, seguranças interligados com equipamento de comunicação, manobristas para orientar os condutores dos veículos em manobras seguras, área destinada a idosos com cones de sinalização para que a vaga seja realmente usada a que é de direito. Produtos de excelente qualidade e uma grande diversidade, pois alguns só são encontrados lá. Excelente atendimento, pois lhe pergunto onde nós encontramos sacolas plásticas de primeira, qualidade com duas cores para separar produtos perecíveis que necessitam de resfriamento de produtos comuns. Empacotadores que tenham o cuidado de amarrar sacolinha por sacolinha para que você não corra o risco dos produtos se esparramarem até você chegar a sua casa. Compro no supermercado BIG LAR a mais de 15 (quinze) anos, e na minha humilde opinião, tenho ele como um exemplo de supermercado de nosso estado para outras regiões. - Gostaria de deixar claro que não tenho vínculos empregatícios e/ou de serviços com o supermercado BIG LAR, meu único vínculo é ser cliente nada mais que isso, pois não conheço os proprietários e se quer nem sei o nome. Meu nome é Ivo Aparecido da Silva e e-mail é: [email protected].
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Marco Antonio Mendonça  02.05.12 22h54
O BIG LAR É O MELHOR DE CUIABA, DA UM DESCONTO AÍ VAI
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