Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
CASO RODRIGO
23.09.2021 | 18h07 Tamanho do texto A- A+

Defesa diz que atos de Ledur eram para "educar" e não torturar

Justiça Militar julga tenente do Corpo de Bombeiros nesta quinta-feira (23); advogado pede absolvição

MidiaNews

A tenente Izadora Ledur, que está sendo julgada por morte de aluno

A tenente Izadora Ledur, que está sendo julgada por morte de aluno

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A defesa da tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur afirmou que ela não agiu com intuito de torturar o aluno Rodrigo Claro, que morreu após um treinamento aquático do corporação, em 2016.

 

Segundo a defesa, todas as técnicas usadas pela tenente contra o aluno, inclusive os "caldos" (afogamentos), foram para "ensiná-lo".

 

As afirmações foram feitas durante julgamento de Ledur, que ocorre nesta quinta-feira (23), de forma virtual.

 

A defesa pede que ela seja absolvida. Já o Ministério Público Estadual (MPE) requer sua condenação pelo crime de tortura, além da perda do posto e da patente.

 

“Ledur sempre agiu com ânimos disciplinantes, era para ensinar, era para educar, jamais para torturar. A pressão é inerente à profissão militar.  É preciso chegar a exaustão no treinamento, é preciso chegar ao estresse para que você consiga aprender a sair dessa circunstância. Castigar? Jamais”, afirmou o advogado da tenente.

 

Ledur sempre agiu com ânimos disciplinantes, era para ensinar, era para educar, jamais para torturar

Para a defesa, se a tenente estivesse disposta a torturar Rodrigo Claro no treinamento, como argumenta a acusação, ela não teria permitido que ele tivesse trocado a sua dupla por um aluno mais experiente. 

 

“Tivesse Ledur esse intuito de castigar, humilhar, de fazer sofrer, não teria pedido que Rodrigo trocasse sua canga. Quem quer impor castigo, sofrimento, não deixa que barreiras sejam criadas”, afirmou.

 

Ao longo da defesa, o advogado ainda afirmou que a perícia concluiu que a morte de Rodrigo Claro não foi causada por tortura, mas por um acidente vascular hemorrágico.

 

Segundo a defesa, a perícia apontou que o aluno tinha más formações vasculares cerebrais.

 

“Ele não tinha evidência de asfixia e nem de afogamento. As vias áreas estavam limpas. Isso não é a defesa que está dizendo, é o laudo pericial”, declarou.

 

“O vaso só rompe quando está mal formado. Esse rompimento poderia se desencadear, inclusive, em repouso”, acrescentou.  

 

Leia mais: 

 

Promotor diz que tenente praticou “castigo pessoal” contra aluno

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Juca  24.09.21 14h58
Entendam de uma vez por todas, já é muito batido isso. Ela é oficial e NUNCA, repito, NUNCA será condenada. Se fosse um soldado, cabo, sagento já teria sido punido há muito tempo.
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José Oliveira  24.09.21 12h52
Eu tenho uma idéia na minha cabeça....que aqui no Brasil vc recorrer contra autoridade principalmente se for militar é pura perda de tempo, passei a semana dizendo aqui no portal que esse julgamento da tenente Ledur não ia dar em nada.
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Elizabeth Regina  24.09.21 08h23
Só Deus pode julgar e se ela cometeu esse crime existe a justiça divina, pois a justiça nossa é cega e se houve negligência um ano é pouco.
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José Oliveira  24.09.21 07h33
kkkkkkkkkkkkk quer dizer que ela via que o cara não estava aguentando, que estava morrendo, mas ela continuava "educando"....
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paula pontes  24.09.21 05h12
Isso não é e nunca foi educar! o rapaz dizer que não estava se sentindo bem e não ser levado em consideração? pior, ser forçado a prosseguir? e somente 1 ano de prisão? como não estão se sentindo os familiares desse garoto? além de ter perdido um ente querido e praticamente ficar sem justiça! 1 ano que com certeza se for presa, cumprirá somente 5 meses, por isso tudo no Brasil compensa!
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