Cuiabá, Terça-Feira, 16 de Dezembro de 2025
CASO ZAMPIERI
23.02.2024 | 17h42 Tamanho do texto A- A+

Juiz manda tirar tornozeleira de empresária e devolve passaporte

Polícia Civil não encontrou ligação de Maria Angélica Caixeta Gontijo com o assassinato

Reprodução

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo deixando a prisão em Cuiabá

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo deixando a prisão em Cuiabá

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a remoção da tornozeleira eletrônica da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo. A decisão é desta sexta-feira (23) e também reestabelece o passaporte e CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) em nome dela.

Não me parece razoável que a investigada permaneça com a sua liberdade restringida

 

Maria Angélica ficou presa durante 30 dias na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, no ano passado, na Capital.

 

A Polícia não encontrou indícios que a ligavam ao crime e ela foi solta no dia 19 de janeiro, mediante o cumprimento de algumas medidas cautelares.

 

Nesta sexta, o magistrado ainda determinou a restituição dos bens apreendidos com a empresária, entre eles uma arma de fogo e diversas munições.

 

O juiz levou em consideração o fato de Mária Angélica não ter sido denunciada pelo crime por falta de provas, de modo que, pelo menos até este momento, conforme ele, é possível concluir que as suspeitas iniciais que pesavam contra ela não foram comprovadas.

 

“Desta forma, muito embora não se descarte a possibilidade do surgimento de novos elementos probatórios, fato é que não me parece razoável que a investigada permaneça com a sua liberdade restringida, enquanto aguarda que Poder Público obtenha elementos probatórios que possibilitem o seu indiciamento e eventual denunciação, permanecendo com diversos direitos tolhidos, além de estar submetida a utilização de tornozeleira eletrônica que inquestionavelmente possui um grande efeito estigmatizante aos portadores”, escreveu.

 

“Ainda mais se tratando de uma mulher e empresária, que foi fortemente atacada pela opinião pública ao ser relacionada a um crime de grande clamor social e, o que sem sombra de dúvidas, já lhe causou danos irreversíveis à sua imagem”,  acrescentou.

 

O crime

 

O assassinato ocorreu no dia 5 de dezembro do ano passado, quando o advogado deixava o escritório Zampieri & Campos, do qual era sócio, no Bairro Bosque da Saúde.

 

São réus pelo crime o coronel da reserva do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, o instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa e o pedreiro Antônio Gomes da Silva. O trio está preso.

 

Caçadini é acusado de ter financiado o crime. Já Hedilerson é suspeito de tê-lo intermediado. Antônio é acusado de ser o executor.

 

Na semana passada, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP) pediu à Justiça a prisão temporária de dois novos investigados por envolvimento no assassinato.

 

Conforme informações divulgadas pela imprensa, mas ainda não confirmadas pela Polícia Civil, a dupla seria um casal de fazendeiros. 

 

As investigações apontam que o assassinato foi mandado devido a uma antiga disputa familiar por terras na qual Zampieri estava envolvido. 

 

Leia mais: 

 

Polícia pede prisão de dois novos envolvidos em assassinato

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