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19.12.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Justiça mantém Eraí e família Golin na posse de fazenda em MT

A área de 37 mil hectares está localizada em Canarana; decisão foi publicada pelo site O Bastidor

Victor Ostetti/MidiaNews

Eraí Maggi, que sai favorecido em decisão judicial

Eraí Maggi, que sai favorecido em decisão judicial

DA REDAÇÃO

A Justiça de São Paulo manteve a decisão que devolveu ao megaempresário Eraí Maggi e familiares do pecuarista Joselito Golin o controle da fazenda Cocal, em Mato Grosso, avaliada em mais de R$ 2 bilhões.

 

A decisão foi tomada pela 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi publicada nesta terça-feira (16).

 

A informação foi publicada no site O Bastidor, em reportagem assinada pelo jornalista Alisson Matos. 

 

Conforme a reportagem, os desembargadores rejeitaram os embargos de declaração impetrados por familiares do antigo proprietário da fazenda, Yssuyuki Nakano, morto em 2021.

 

Leia a reportagem na íntegra:

 

A 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou na terça-feira (16) a decisão que mantém o controle da fazenda Cocal, em Mato Grosso, com o agricultor Eraí Maggi, um dos maiores sojicultores do país, e familiares do pecuarista Joselito Golin. A área, usada para plantio de soja e milho, tem 37 mil hectares e é avaliada em mais de 2 bilhões de reais.

 

 Os desembargadores rejeitaram os embargos de declaração impetrados por familiares do antigo proprietário da fazenda, Yssuyuki Nakano, morto em 2021. Em 2007, ele vendeu parte da propriedade a Maggi, e, em 2012, a família Golin formalizou novas compras.

 

Como mostrou o Bastidor, em setembro os desembargadores Maria Lia Pinto Porto Corona, José Rubens Queiroz Gomes e Ademir Modesto de Souza desconsideram decisão da 1ª instância e deram razão a Maggi e Golin.

 

Em 2016, na primeira instância, o juiz Guilherme Humberto, da 9ª Vara Cível de Campinas, concluiu que Nakano utilizou empresas administradas por laranjas para afastar da partilha de bens propriedades rurais adquiridas por ele durante o casamento. O objetivo era restringir o acesso da família a parte significativa do seu patrimônio. Determinou, então, que as vendas realizadas deveriam ser anuladas, com exceção daquelas comprovadamente destinadas a terceiros de boa-fé. Entre as áreas afetadas estavam glebas integrantes da fazenda Cocal.

 

O juiz levou em consideração informações nas matrículas das fazendas. A partir de 2001, as áreas que compõem a Cocal passaram a ser questionadas em outras ações judiciais, penhoras e ordens de indisponibilidade. As citações em processos paralelos, segundo o magistrado, confrontam argumentos de que os compradores desconheciam o imbróglio judicial com os bens do empresário.

 

Os desembargadores da 7ª Câmara do TJSP, contudo, entenderam em setembro que a existência da averbação da ação nas matrículas das fazendas não invalida a boa-fé dos compradores.

 

A defesa dos familiares de Nakano vai levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça.

 

Leia mais: 

 

Justiça devolve fazenda de R$ 2 bilhões às famílias Maggi e Golin

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