Justiça mantém prisão de sindicalistas por morte de advogado

A Justiça manteve a prisão de quatro dos investigados pelo assassinato do advogado Antônio Padilha de Carvalho, ocorrido em 2019.

A decisão foi tomada pelo juiz da 4° Vara Criminal da Capital, Lídio Modesto, durante audiência de custodia realizada na tarde de quarta-feira (10).

Além dos ex-dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Avulsos (Sintramm), Adinaor Farias e Joemir Ermenegildo, investigados como mandantes do crime, foram presos os ex-sidicalistas Alisson Tiago de Assis Silva e Rafael de Almeida Saraiva.

As investigações apontam que um grupo atuava na direção do sindicato. O crime teria sido motivado após uma ação postulada pelo advogado na Justiça do Trabalho para destituí-los da direção.

Segundo a Polícia, Alisson foi detido por atrapalhar as investigações. Já Rafael, por desempenhar o papel de intermediário entre os mandantes e os executores do crime.

A investigação segue em andamento e está em segredo de Justiça.

Relembre o caso

Antônio Padilha foi executado a tiros no dia 4 de dezembro de 2019, ao parar em um semáforo da Rua Benedito de Camargo, esquina com a Avenida dos Trabalhadores, tradicional e movimentada via da Capital.

A partir da análise de filmagens de câmeras de segurança durante o trajeto percorrido por Antônio, os investigadores identificaram que dois homens em uma motocicleta preta o seguiram desde que ele saiu de casa, no Bairro Altos do Coxipó, até o ponto onde o crime ocorreu, no Jardim Leblon.

Uma das hipóteses iniciais era a de que Antônio teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). Essa hipótese, no entanto, foi descartada no curso das investigações.

Antônio foi executado à queima-roupa quando parou no semáforo e a esposa chegou a ser atingida por alguns estilhaços.

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