Cuiabá, Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2025
AÇÃO NO TJ
28.03.2021 | 08h45 Tamanho do texto A- A+

MPE pede para afastar prefeitos que desrespeitarem decreto de Mendes

José Antônio Borges requereu à Justiça que todos os 141 municípios sigam decreto estadual

MidiaNews

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges: ação na pandemia

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges: ação na pandemia

DA REDAÇÃO

O Ministério Público do Estadual (MPE) requereu à Justiça o cumprimento do novo decreto do governador Mauro Mendes (DEM), que atualizou a classificação de risco epidemiológico e fixou regras e diretrizes para adoção de medidas contra a Covid-19, por todos os 141 municípios de Mato Grosso. 

 

Dentro das regras, o Estado recomendou que Cuiabá, Várzea Grande e outras 48 cidades estabeça quarentena obrigatória de 10 dias, barreiras sanitária, entre outras medidas. 


No pedido, o MPE também requereu que eventual descumprimento da determinação sujeitará os chefes dos poderes executivos ao afastamento do cargo, à responsabilização criminal e por ato de improbidade administrativa.

O requerimento foi feito pelo procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira na noite de sexta-feira (26). 

 

A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Póvoas, decidirá sobre a solicitação

 

Em verdade, o uso frequente da expressão “devem” no Decreto Estadual deixa evidente sua compulsoriedade

No documento, José Antônio Borges argumentou que a medida judicial foi necessária em razão da indefinição sobre o cumprimento do Decreto Estadual nº 874/2021, principalmente após o próprio autor do ato normativo ter declarado que as medidas estabelecidas eram meramente orientativas.

 

“Em verdade, o uso frequente da expressão “devem” no Decreto Estadual deixa evidente sua compulsoriedade, como observado nos artigos 5º, §§1º e 2º; e 9º.”, diz um trecho da ação.

O procurador-geral de Justiça ressalta que a celeuma após a edição de decreto estadual “milita em favor da desinformação, e da desordem, sendo imperioso que o Poder Judiciário, no exercício de sua função constitucional, pacifique a sociedade com a definição sobre a impositividade do decreto, seja pela literalidade de seus dispositivos, seja porque emanado da autoridade competente”.

Segundo ele, inicialmente o Ministério Público decidiu aguardar para ver se as autoridades constituídas chegariam a um entendimento para conter a escalada de contaminação e mortes, o que acabou não acontecendo.

 

“Infelizmente, à falta de entendimento e consenso entre os mandatários do povo da terra de Rondon, não nos resta outra alternativa que não seja a deflagração da presente medida, para que seja definida, com a segurança jurídica necessária, a aplicação da norma jurídica válida diante do aparente conflito entre o novo decreto estadual e os decretos municipais, situação que instala uma situação de evidente inconstitucionalidade, cuja resolução se torna impostergável”, enfatizou.

Acrescentou, ainda, que “entre críticas e elogios, ao jurista cabe seguir a Constituição, as leis e a consciência livre. A atividade de substituição, a ser exercida pelo Poder Judiciário apenas tem vez quando as partes em conflito não conseguem chegar a contento em questões essenciais. No caso, a parte formal é o Ministério Público, mas a parte material é a sociedade, cujos representantes não foram capazes de chamar para si a resolução do  problema”, finalizou. 

 

Leia mais: 

 

Mendes muda horário do comércio e pede lockdown em cidades de MT

 

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6 Comentário(s).

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FECHAR

VANDERLEI  29.03.21 13h50
E ENGRAÇADO ESSE POVO QUE SÓ SABE FALAR EM FECHAR COMÉRCIOS NÃO ESSENCIAL, TODOS OS COMÉRCIOS SÃO ESSENCIAL PARA O SUSTENTO DE NOSSAS FAMILIAS, E SIMPLES VC QUE ACHA QUE TEM QUE FECHAR ABRA MÃO DO SEU SALARIO PROPORCIONAL AO TEMPO QUE FECHAR OS COMÉRCIOS.
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Santana  29.03.21 10h38
(Esquece a constituição )... pandemia está aí e matando muitos dia e noite. É necessário fechar por uns dias e não tem outra saída. Parem de falar em coisas como essas.. Ė inaceitável tal postura de prefeito e governador. Ocorre que empresários pressionam o tempo todo e querem deixar aberto as empresas.. Salve a vida e fechem tudo! Povo vai trabalhar e depois tá lá na porta hospital querendo atendimento.. maldito povo ignorante!
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Valdemir  29.03.21 09h04
Exmo. Procurador, Porquê o MP não exige mais ônibus e estrutura no transporte público, mais investimento na saúde. É fácil parar tudo, comprar celular para os membros do MP, ter auxílio doença, salários na conta aconteça o que acontecer. Difícil é dar a su prcela de contribuição.
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evandro geraldo vozniak  29.03.21 08h11
Entendo que o referido decreto esta em desacordo com a Constituição Federal, vejo o Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Os mercados são classificados como serviços essenciais, então podem abrir, e aqueles que não podem trabalhar, o mercado ira doar os alimentos para esses, resumindo quem tem dinheiro como, quem não tem passa fome.
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Jorge1  28.03.21 22h15
Deram muito poder para esse senhor! Nem todos podem parar, pois precisam do trabalho para alimentar seus familiares.
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