Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
CHACINA EM SINOP
21.07.2023 | 17h01 Tamanho do texto A- A+

Para tentar reduzir pena, assassino alega que sofreu "chacota"

Edgar Ricardo de Oliveira é réu por sete homicídios qualificados; crime aconteceu em 27 de fevereiro

Divulgação

O acusado Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina de Sinop

O acusado Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina de Sinop

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A defesa de Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina que resultou na morte de sete pessoas em Sinop, pediu à Justiça o afastamento de quatro qualificadoras dos crimes de homicídio para tentar diminuir sua pena.

 

O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro, último dia de Carnaval, em um bar da cidade. 

 

Edgar é réu confesso por sete homicídios qualificados (motivo torpe, meio cruel, perigo comum, recurso que dificultou a defesa das vítimas, vítima menor de 14 anos, concurso de pessoas, emprego de arma de fogo e concurso material).

  

A defesa afirmou ser extremamente questionável a qualificadora de motivo torpe, uma vez que, segundo o advogado, o acusado no momento em que praticou o crime, encontrava-se sobre "estado de fúria".

 

Conforme a defesa, Edgar disse que "as vítimas começaram a falar sobre sua atual mulher, pois perceberam que ao falar das ex-companheiras não conseguiam atingi-lo emocionalmente. Que chegaram a comentar ‘será que esse filho é dele, será que não é meu não?’, referindo-se à gravidez da sua atual esposa”.

 

“Feitas as considerações acima, é evidente que o acusado estava apenas exercendo o seu papel de chefe de família e defendendo a honra da sua esposa após ser alvo de diversas 'chacotas' por parte das vítimas, motivo pelo qual ficou dominado por uma violenta emoção, devido à injusta provocação das próprias vítimas, com exceção da criança de 12 (doze) anos”, escreveu a defesa.

 

Quanto às qualificadoras de meio cruel com resultado de perigo comum, a defesa sustentou que o assassino utilizou do único instrumento (espingarda) que possuía à sua disposição para ceifar a vida das vítimas, o, que segundo o advogado, demonstra que em nenhum momento possuía a intenção de “provocar um sofrimento inútil para elas.”

 

Em relação à qualificadora de vítima menor de 14 anos, a defesa sustentou que Edgar não pretendia atingir a adolescente. 

 

“Além disso, o acusado não executou a genitora da criança, que permaneceu a todo momento no bar durante a execução dos delitos, circunstância que nos leva a crer que o acusado também não queria assassinar a menor". 

 

A chacina 

 

Edgar e o comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, atiraram contra as vítimas após perderem apostas de sinuca. 

 

Ezequias morreu em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

 

No outro dia, Edgar se entregou à Polícia. 

 

As vítimas foram identificadas como: Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos; o pai dela, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36; Orisberto Pereira Sousa, de 38; Adriano Balbinote, de 46; Josué Ramos Tenório, de 48; Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35; e Elizeu Santos da Silva, de 47.

 

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