Cuiabá, Quarta-Feira, 26 de Novembro de 2025
ALVO DA PF
26.11.2025 | 08h28 Tamanho do texto A- A+

TJ mantém preso policial militar que tinha R$ 800 mil em espécie

Defesa alegava irregularidade na prisão preventiva e pedia medidas cautelares; desembargador negou

Reprodução

Desembargador Ricardo Almeida negou pedido de defesa de Marcel Castor (no detalhe)

Desembargador Ricardo Almeida negou pedido de defesa de Marcel Castor (no detalhe)

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

O desembargador Ricardo Gomes de Almeida, da Terceira Câmara Criminal de Mato Grosso, negou um recurso da defesa do policial militar Marcel Castor de Abreu, preso na última semana com R$ 800 mil em espécie. Ele pedia a soltura sob medidas cautelares.

 

A prisão preventiva do paciente é medida imprescindível e necessária para garantir a ordem pública

Marcel foi detido na última quarta-feira (19), em uma agência bancária de Rondonópolis, durante uma operação da Polícia Federal que apurou movimentações financeiras incompatíveis com o perfil dele.

 

A investigação apontou que Marcel utilizava contas bancárias próprias e de terceiros para movimentar quantias milionárias, além de realizar saques anuais de grandes valores em espécie, com o intuito de ocultar a origem e o destino dos recursos.

 

A prisão preventiva do militar foi decretada pelo juiz plantonista, Rhamice Ibrahim Ali Ahmad Abdallah, que também determinou o bloqueio das contas bancárias do investigado.

 

A defesa, no entanto, alega que a conversão da prisão ocorreu de forma irregular e solicitou a aplicação de medidas cautelares ao militar.

 

O desembargador, porém, negou o pedido liminar da defesa, afirmando que a prisão foi determinada para manter a ordem pública e garantir o andamento das investigações da Polícia Federal.

 

O magistrado ainda destacou que a apreensão do dinheiro não foi um episódio isolado, já que Marcel teria movimentado, em apenas um ano, mais de R$ 11 milhões.

 

“Logo, fica evidente o periculum in libertatis, uma vez que a prisão preventiva do paciente é medida imprescindível e necessária para garantir a ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”, afirmou o desembargador.

 

O crime

 

A prisão ocorreu em meio a uma ação da Polícia Federal voltada ao combate à lavagem de dinheiro envolvendo o militar. Também foram cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores determinadas pela 2ª Vara Criminal do município.

 

A investigação teve início neste mês, após informações indicarem movimentações financeiras incompatíveis com o perfil econômico de Marcel Abreu. 

 

Ao longo da apuração, a Polícia Federal identificou que o investigado movimentou mais de R$ 66 milhões nos últimos anos, revelando evolução patrimonial e financeira sem correspondência com rendimentos de origem lícita.

 

As diligências apontam que o investigado utilizava contas bancárias próprias e de terceiros para movimentar quantias milionárias, além de realizar saques anuais de grandes valores em espécie, com o intuito de ocultar a origem e o destino dos recursos.

 

O saque de R$ 800 mil flagrado pelos policiais, segundo as investigações, fazia parte de uma estratégia de ocultação temporária para dificultar o rastreamento fiscal e posterior reinserção dos valores na economia.

 

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