Os servidores Luís Roberto Dias e Jorlando Batista Leitão foram afastados dos cargos no Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá (DSEI-Cuiabá) por determinação judicial. Eles foram alvos da Operação Portare, deflagrada nesta quarta-feira (23).
O DSEI é um órgão ligado ao Ministério da Saúde. Aldi Gomes, outro servidor do DSEI-Cuiabá, também foi alvo da mesma operação.
A ação, da Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), tinha como o objetivo combater corrupção e irregularidades em processos licitatórios relacionados a contratos firmados com no DSEI.
Todos os três moram em Cuiabá. Além da Capital, foram cumpridos mandados contra 17 alvos em Várzea Grande, Rondonópolis, Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Boa Vista (RR) e Campo Grande (MS).
A empresa Horizonte 16 Locadora de Veículos, com sede no Rio de Janeiro, também foi vasculhada pelos policiais.
Além do cumprimento de mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou o sequestro de bens de 10 investigados, totalizando cerca de R$ 20 milhões.
Suspeita de superfaturamento
As investigações começaram após denúncias anônimas que apontavam a inexecução de contratos, indícios de superfaturamento e favorecimento em uma contratação emergencial para fornecimento de veículos por parte da Horizonte Locadora ao DSEI-Cuiabá, ocorrida entre 2023 e 2024.
Há indícios de fraudes, acertos prévios entre agentes públicos e empresas contratadas, e pagamentos de vantagens indevidas a servidores.
O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1,3 milhão. Durante as apurações, a Polícia Federal identificou que servidores do DSEI-Cuiabá recebiam propina de empresários para direcionar contratações em benefício de determinadas empresas.
Em 2025, uma nova licitação para serviços de locação de veículos, cujo principal item foi vencido por uma proposta de R$ 25 milhões, apresentou novos indícios de irregularidades e está sob investigação.
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