Encerrar 2025 é mais do que virar uma página no calendário. É reconhecer que atravessamos um ano de profundas transformações jurídicas, econômicas e institucionais, que exigiram dos operadores do Direito algo além do conhecimento técnico: visão estratégica, prudência e responsabilidade.
O ano que se despede consolidou tendências que já vinham se desenhando e escancarou desafios que não admitem soluções simplistas.
No campo da insolvência, 2025 foi marcado pelo amadurecimento do debate sobre recuperação judicial e extrajudicial no agronegócio.
O produtor rural, cada vez mais inserido em cadeias complexas de financiamento, contratos de barter, CPRs e estruturas de crédito sofisticadas, passou a demandar respostas jurídicas que compreendam a operação como um todo, e não apenas o problema isolado.
No agronegócio, ficou evidente que produzir bem já não é suficiente. É preciso contratar bem, estruturar bem, renegociar com técnica e decidir com base em dados e cenários reais.
A atuação jurídica deixou de ser acessória e passou a ser parte central da estratégia de sobrevivência e crescimento do produtor rural. E, como pano de fundo de todas essas relações, a Reforma Tributária começou a deixar de ser apenas um tema acadêmico para se tornar uma preocupação concreta. 2025 foi o último ano de preparação antes do início da transição.
Para os operadores do agronegócio, isso significa repensar cadeias de fornecimento, estruturas contratuais, precificação, créditos, débitos e riscos fiscais. Quem não se preparou, começará 2026 em desvantagem.
Vivemos, contudo, um tempo curioso: em um mundo digital que promete soluções mágicas, rápidas e aparentemente simples, corre-se o risco de acreditar que operações complexas podem ser tratadas como fórmulas prontas. Mas operacionalizar contratos, mitigar riscos, renegociar dívidas, interpretar cláusulas, negociar taxas, encargos e garantias não é tarefa que se delega a qualquer profissional.
É exatamente nesses momentos que a experiência, a maturidade e a segurança de quem sabe o que faz se destacam.
Não pelo discurso, mas pelo método.
Não pela promessa, mas pela entrega.
Não pela exposição, mas pela discrição, ética e comprometimento com resultados confiáveis.
Prometer, qualquer um promete.
Entregar exige domínio técnico, responsabilidade e coragem para tomar decisões difíceis.
Ao encerrar 2025, deixamos aqui nosso agradecimento a todos os clientes, parceiros e produtores rurais que confiaram em nosso trabalho em um ano desafiador, intenso e decisivo. 2026 se inicia com um cenário igualmente exigente: primeiro ano da Reforma Tributária, ano eleitoral, instabilidade econômica e novas decisões estratégicas a serem tomadas.
Seguiremos fazendo o que sempre fizemos: trabalhar com seriedade, visão jurídica integrada ao negócio e compromisso real com quem produz, investe e sustenta o agronegócio brasileiro.
Que o próximo ano nos encontre preparados. E que as escolhas sejam feitas com quem sabe transformar desafios em soluções jurídicas sólidas.
Glaucia Brasil é advogada.
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