O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, preso acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon, de 48, está isolado na triagem da Penitenciária Central do Estado. Nos próximos dias ele deve receber a visita de assistentes sociais e psicólogos.
Cristiane foi espancada e asfixiada até a morte na madrugada de 13 de agosto. Seu corpo foi encontrado dentro de seu carro no Parque das Águas, em Cuiabá.
Com forme uma fonte do Sistema Prisional, diante da natureza do crime que é acusado, Almir está sozinho em uma das quatro celas do setor de triagem.
“Triagem é onde ficam todos os presos que vêm da rua. No caso dele, está sozinho pelo crime que cometeu”, explicou.
Em casos corriqueiros, como roubo, furto ou tráfico, quando não há briga de facções, vários presos tendem a dividir a mesma cela.
“O crime dele foi de comoção pública e contra mulher. O pessoal lá não aceita. Os caras matam mesmo”, afirmou a fonte.
Essas são celas similares às demais do presídio e ficam próximas da administração.
Até o domingo (20), Almir estava preso em um presídio militar em Chapada dos Guimarães. Mas ele foi transferido após o Ministério Público Estadual questionar o fato de ele ter direito a presidídio especial, mesmo sendo um ex-PM.
O caso
Almir e Cristiane se conheceram casualmente na noite de sábado (12), no bar do Edgare.
De lá, com o carro da vítima, um Jeep Renegade, eles foram até a casa de Almir, no Bairro Santa Amália.
Após matar Cristiane, Almir a colocou no carro dela e a deixou no estacionamento do Parque das Águas.
Segundo a Polícia Civil, Cristiane tinha várias lesões aparentes por espancamento e foi morta por asfixia.
Um aplicativo de rastreamento instalado no celular da vítima mostrou o trajeto dela até ser encontrada no parque.
Os dados levaram a Polícia até a casa de Almir, que foi preso em flagrante e autuado pelo crime.
“Foi um crime bárbaro que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima espancada e asfixiada até a morte pelo fato de ser mulher”, explicou o delegado Marcel de Oliveira, que atua no caso.
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2 Comentário(s).
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Eduardo 25.08.23 10h06 | ||||
Vai receber visita de psicólogo e assistente social. E as filhas da vítima? Vão receber o que? Esse nosso país, dá vergonha... | ||||
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Brener dias 21.08.23 17h57 | ||||
Coloca ele junto com os outros presos ! só pra gente ver um negócio. | ||||
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