Cuiabá, Sábado, 25 de Outubro de 2025
GREVE NA SEDUC
28.05.2019 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Casa Civil: “Quem aderiu à greve já está com o ponto cortado”

Segundo o Governo, 47% das escolas não aderiram ao movimento que teve início na última segunda

Alair Ribeiro/MidiaNews

O secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, que confirmou corte de ponto de grevistas

O secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, que confirmou corte de ponto de grevistas

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho afirmou que o Governo do Estado já cortou o ponto dos profissionais da Educação que aderiram ao movimento grevista iniciado na última segunda-feira (27).

 

Segundo ele, a medida segue uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2016, que estabeleceu o corte de ponto assim que os servidores se ausentarem do seu expediente em razão de greve.

 

“Isso é uma decisão do STF e nós vamos cumprir. Quem aderiu à greve já está com ponto cortado. A decisão diz que qualquer funcionário e servidor que entrar em período de greve deverá ter seu ponto descontado e é isso que vamos fazer. E já estamos fazendo desde ontem”, disse Carvalho.

 

A decisão diz que qualquer funcionário e servidor que entrar em período de greve deverá ter seu ponto descontado e é isso que vamos fazer. E já estamos fazendo desde ontem

“Nesse período de greve, infelizmente, o servidor da Educação que aderiu não irá receber seu salário”, acrescentou o chefe da Casa Civil, durante entrevista à Rádio Joven Pan, na manhã desta terça-feira (28).

 

Segundo ele, ao menos por ora, não há qualquer possibilidade de o Governo negociar esse assunto (corte) com a categoria.

 

“No momento não existe nenhuma possibilidade de negociação com relação a isso. Servidor que não trabalhou não tem o direito de receber”.

 

Balanço

 

Ainda durante a entrevista, o secretário reiterou o balanço divulgado pelo Executivo no final da tarde da última segunda, dando conta de que 47% das escolas de Mato Grosso não aderiram à greve.

 

O percentual corresponde a 360 das 767 unidades escolares do Estado.

 

Ele admitiu, no entanto, que a adesão ao movimento nas escolas da Baixada Cuiabana foi bem maior. Contudo, não há dados oficiais a respeito.

 

Estouro da LRF

 

Mauro Carvalho afirmou também que, nas tratativas mantidas junto ao Sintep (Sindicato dos Profissionais da Educação), o Governo deixou claro que só há a possibilidade de conceder quaisquer reajustes, caso o Executivo se enquadre aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que diz respeito aos gastos com folha.

 

A categoria cobra o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA).

 

Os profissionais ainda reivindicam o fim do escalonamento salarial, realização de um concurso público e um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas. 

 

“Falamos aos profissionais que só será possível conceder quando o Estado atingir os indicadores que estão na LRF. Não existe outra forma. Temos uma lei que nos obriga a atingir indicadores fiscais e financeiros, para que a gente possa pagar RGA e esse aumento da Educação. Antes de a gente atingir esses números não existe a menor possibilidade de o Estado fazer esse repasse”, disse.

 

“Estamos fazendo o dever de casa, cortando na carne as despesas do Governo, para poder atingir esses índices o mais rápido possível”, concluiu o secretário.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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consciente   29.05.19 09h03
Reposição de aulas ao sábados não tem eficácia nenhuma, é pura enganação, os alunos não vem e os professores dão aula para poucos alunos que porventura vão à escola. Corte o ponto sim e pague substitutos pois dá dó de ver crianças em casa esquecendo de todos os ensinamentos sequenciais dados pela professora. Injustiça sim é o que fazem com as crianças, fora o que ainda precisam de comer e dependem da escola para encher a barriguinha.
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Junyor  29.05.19 08h45
O servidores do Detran que fizeram greve teve todos os dias parados descontado, foi 60 dias de desconto no salário sem choro, então acho justo que desconte de todos que fizer greve, afinal se não trabalhou, não merece receber.
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Mara  28.05.19 16h45
Certíssimo, agora não é hora de todos ajudarem o país a sair dessa crise, temos q cortar na carne! Momento de consciência!
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Ivanete Alves da silva  28.05.19 15h52
Cortando o ponto, o servidor não será obrigado a repor as aulas. E o ano letivo como fica? Seja responsável governador, se quer cumpri a lei, pague o que e de direito ao servidor.
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João Marcio  28.05.19 10h21
Gozado, pra cortar o pontos dos grevista vocês usam a Lei Federal de 2016, agora pra pagar RGA, reajuste salarial o governo não reconhece a CF/88?, parabéns a vocês que são milhoronarios que não fica no desespero pra pagar as dívidas no final do mês.
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