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GREVE
10.06.2016 | 13h15 Tamanho do texto A- A+

Casa Civil reafirma possibilidade de pagar os 11,27% da RGA

Governo apresenta proposta de quitar 6% em três parcelas; 5,27% restantes dependerão da LRF

Marcus Mesquita/MidiaNews

O secretário Paulo Taques, que se reuniu com o Fórum Sindical nesta manhã

O secretário Paulo Taques, que se reuniu com o Fórum Sindical nesta manhã

CAMILA RIBEIRO E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, reafirmou a proposta de quitar 6% dos 11,27% da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos, em três parcelas - em setembro deste ano, e janeiro e abril de 2017.

 

Ele também reiterou a possibilidade de o Governo pagar os 5,27% restantes da reposição, a partir de março do ano que vem, desde que o Estado esteja enquadrado nos gastos com folha salarial exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 

O posicionamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira (10), com membros do Fórum Sindical.

 

O governador já está finalizando um diálogo com o agronegócio, no sentido de o setor pagar um acréscimo àquilo que já paga do Fethab

Além disso, ele garantiu o pagamento das perdas inflacionárias, retroativas a maio deste ano, em três parcelas, nos meses de maio, junho e julho de 2017.

 

Conforme a lei, maio é o mês em que deveria ocorrer o pagamento da reposição. Como não houve esse pagamento, os salários estão sofrendo novas perdas inflacionárias até que a RGA seja paga integralmente.

 

"Antes a proposta do Governo era pagar 2% em setembro, 2% em janeiro e 2% em março. Mudamos: permanece 2% em setembro, 2% janeiro e 2% de março vai para o mês de abril. Este período, os valores retroativos serão pagos em três parcelas: nos meses de maio, junho e julho de 2017", explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. 

 

"Também acrescentamos a nossa proposta, o seguinte dispositivo: todos os meses em que o teto de gastos do Governo for abaixo de 49%, naquele mês essa diferença será revertida no pagamento da RGA para abater até chegar aos 5,27%", completou.

 

Medidas

 

O secretário disse que o Executivo já está tomando uma série de medidas para que esse percentual em gastos com folha de pagamento diminua.

 

“O governador já está finalizando um diálogo com o agronegócio, no sentido de o setor pagar um acréscimo àquilo que já paga do Fethab. O governador também se reuniu com segmento do comércio, que se  mostrou prontamente solidário ao momento pelo qual passa o Estado e, a partir da próxima semana, vamos sentar com cada segmento para que cada um deles diga quanto pode melhorar naquilo que já paga de imposto”, exemplificou.

 

“A reforma administrativa está sendo finalizada. Vai haver enxugamentos para permitir uma economia maior. Também avança as conversas com os demais Poderes, para que seja definido o percentual que cada um vai abrir mão, naquilo que o governador Pedro Taques chama de ‘Pacto por Mato Grosso’”, completou.

 

"Dificuldade"

 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma-MT), Oscarlino Alves, afirmou que, a partir de agora, o Fórum – que reúne 32 sindicatos e associações do funcionalismo público - levará a proposta para ser discutida com as bases.

 

“Vamos discutir com as bases e buscar um consenso. Pedimos ao Governo para que o diálogo permaneça aberto”, disse.

 

De antemão, o sindicalista sinalizou não ter visto a proposta com bons olhos.

 

“Já falei pela Saúde, que tenho muita dificuldade em defender essa proposta perante minha categoria. Único instrumento que temos é permanecer em greve. O Fórum deve se reunir hoje na parte da tarde para discutir”, afirmou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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COMENTÁRIOS
28 Comentário(s).

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Patricia fernandes de carcalho  14.06.16 13h09
Muito engraçado esse governador Pedro Taques falar em economia.....quando gastou 500 mil reais ISSO MESMO..em um café da manha em Nova York ...
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Cleber  11.06.16 09h41
A proposta melhorou, mas os servidores querem que melhore um pouco mais, visto que a inflação está muito alta.
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Pedro paulo  11.06.16 08h13
Sr governador, siga o exemplo do seu parceiro Michel Temer. Demita todos os não efetivos. Eu disse todos. O desgaste será menor. Vc verá q a harmonia voltará. Tem gente q não tem concurso, entra sem saber fazer nada, fica nas costas dos efetivos, ganhando mais do q os de carreira. Dá uma olhada na Cultura. Parece curva de rio. Indicados políticos guela abaixo. Só Jesus na causa.
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Ourides  11.06.16 07h24
Essa greve dos servidores do Detran é uma vergonha, se o goveno não arrecadar de onde virão os recursos para o pagamento desse RGA? Francamente o concurso para esse órgão deveria ser mais difícil porque a maioria desses que passaram pelamordedeus. Conheço uma servidora que não faz nem 3 meses que foi admitida e já está em greve. Essa greve do Detran não só é ilegal como é um crime contra a população.
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Rodrigo  11.06.16 06h33
A greve e outras mazelas seriam devidamente resolvidas com a devida na taxação para com quem ganha mais, o AGRONEGÓCIO, mas, são OS INTOCÁVEIS! Agora com Blairo Maggi no governo Temer, povão que se exploda em fogo e desordem. Salve-se quem puder!
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