Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
DISPUTA PELO PAIAGUÁS
26.05.2013 | 11h07 Tamanho do texto A- A+

Grupo de Taques procura nome do agronegócio para vice

Aliança está sendo ampliada e deve incluir DEM e PSDB

Thiago Bergamasco

Pedro Taques tem votos na Capital, mas precisa dos eleitores do interior

Pedro Taques tem votos na Capital, mas precisa dos eleitores do interior

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O grupo político do senador Pedro Taques (PDT) trabalha para encontrar um nome do agronegócio para ajudar a viabilizar a possível candidatura do pedetista ao Governo do Estado em 2014.

A intenção é que a vaga de candidato a vice-governador na chapa de Taques seja ocupada por um ruralista que possa trazer o apoio do setor ao projeto eleitoral de disputar a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).

“É preciso trazer alguém do agronegócio para ser o candidato a vice do Pedro Taques. Ele é da Capital, então, precisamos de alguém do interior para compor chapa com ele e complementar esse perfil. E o agronegócio é a mola propulsora da economia do Estado hoje”, afirmou o presidente regional do PDT, o deputado estadual licenciado Zeca Viana.

Ex-procurador da República, Taques goza de prestígio no meio jurídico e tem sua base eleitoral nas maiores cidades do Estado. Em Cuiabá, por exemplo, ele chegou a bater Blairo Maggi (PR) em 2010, quando ambos se elegeram senadores, e obteve 25 mil votos a mais que o republicano na Capital.

O apoio do agronegócio é importante não só porque Taques carece de penetração no setor e no interior do Estado, mas também pela injeção de recursos e doações de campanha que podem vir dos ruralistas. “O vice ideal tem que ter duas virtudes: voto e dinheiro para gastar na campanha”, observou Viana, com bom humor.

"O vice ideal tem que ter duas virtudes: voto e dinheiro para gastar na campanha"


Nomes como o do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB), do ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PDT) e do rei da soja, Eraí Maggi (PDT), são cotados para a vaga de vice de Taques.

Esses dois últimos, porém, têm um fator complicador – o fato de serem filiados ao PDT, o que criaria obstáculos para a formação de alianças.

Nas próximas eleições, haverá três vagas para candidaturas majoritárias em cada coligação – governador, vice-governador e senador. As negociações partidárias, geralmente, distribuem essa três candidaturas a três partidos diferentes, de modo a ampliar o arco de alianças.

Além disso, tanto o tucano Marino Franz quanto o pedetista Eraí Maggi são próximos a Blairo Maggi – este último é primo do ex-governador – e esperam uma posição dele para definir que rumo tomar no jogo político. Se Maggi for candidato, nenhum dos dois entrará na disputa contra o republicano.

“Pelo que sei do Blairo, ele não está com disposição para ser candidato a governador. Mas o grupo dele está pressionando, então não sabemos o que vai acontecer. Pessoalmente, acho melhor ele se afastar, pois todo o desgaste da gestão Silval Barbosa pode cair em cima dele, já que ele é o responsável pela eleição do governo atual”, disse Viana, lembrando que Silval conquistou o cargo quando era vice de Maggi.

“O Pedro Taques, ao contrário, quer ser candidato. A candidatura dele é uma realidade, e vai contar com o apoio do PDT nacional. É interessante para o PDT ter um candidato a governador forte aqui no Estado. O Taques já conversou com o Carlos Lupi (presidente nacional da sigla) e, a princípio, está tudo OK quanto a isso. Ele tem o sinal verde”, afirmou o deputado.

"Taques quer ser candidato. A candidatura dele é uma realidade, e vai contar com o apoio do PDT nacional"


Faltando um ano e meio para as próximas eleições, a candidatura de Taques ainda não pode ser considerada concreta – bem como nenhuma outra candidatura. Porém, o grupo do senador pedetista é o que está mais adiantado na articulação para formar uma aliança.

Taques sai pela tangente toda vez que é questionado pela imprensa sobre a possibilidade de candidatura em 2014, e não diz que sim nem que não. “Tenho mais de 35 anos, sou ficha-limpa e filiado a um partido. Mas não posso fugir ao meu destino”, tem sido sua resposta padrão.

Ampliação do arco de alianças

O projeto de Pedro Taques é se firmar como candidato de oposição ao atual governo. Para isso, seu grupo está trabalhando na manutenção e também na ampliação da aliança que o elegeu senador, que contou com o PDT, PSB, PV e PPS. Esse último partido foi dissolvido e, em uma fusão com o PMN, deu origem ao MD (Mobilização Democrática), que é liderado por aliados de Taques e grandes entusiastas da candidatura do pedetista – a deputada Luciane Bezerra e o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz.

A meta, agora, é atrair o PSDB e o DEM para o barco. As duas siglas estão fora do governo Silval, após naufragarem junto com a candidatura de Wilson Santos (PSDB) em 2010. De acordo com Viana, as conversações com ambos os partidos estão bastante avançadas – inclusive o tucano Marino Franz é cotado para vice.

Zeca Viana negocia com partidos apoio ao projeto de Taques


“Tenho conversado com o senador Jayme Campos (DEM) e com o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) sobre nossos partidos estarem juntos em 2014. A possibilidade é concreta. Além disso, eles demonstram simpatia pelo nome do Pedro Taques. Acho que poderemos formar uma grande aliança para disputar o Governo do Estado”, disse Viana.

No caso de esse cenário e essa aliança se consolidarem, a vaga de candidato a senador da coligação deve ficar com Jayme Campos, que encerra seu mandato no final de 2014 e já mostrou disposição de concorrer à reeleição (leia AQUI).

A vaga de vice, por outro lado, deve demandar negociações mais intensas – tanto com outros partidos, quanto com a ala ruralista do arco de alianças.

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COMENTÁRIOS
10 Comentário(s).

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Rubens  28.05.13 07h57
José Pupin está no Projeto político de levar o Juiz Federal Julier Sebastião ao Governo em 2014.
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Ricardo Arruda  27.05.13 20h15
Poderia incluir nesta lista o empresario do agronegocio jose Pupin
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Edilauson Monteiro  27.05.13 17h07
Esse tem meu voto garantido, Pedro Taques rumo ao Executivo de MT.
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Mael Raposo  27.05.13 16h53
É...terá que escolher alguém de peso,pois se depender do Pedro, vai ser dificil, pois até agora eu não vi nenhuma obra para MT oriunda desse senador.
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jair   27.05.13 11h46
Pelo menos pelo que percebo uma coisa é unanimidade, os nomes de peso para vice do Senador Pedro Taques, são aliados de primeira hora de BLAIRO MAGGI, ou seja, se Maggi for candidato para Governador teremos mais oito anos de progresso em nosso Estado, pois ele ganhará esta eleição vindoura e a já a reeleição... 100% Blairo Maggi
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