LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O PDT trabalha para conseguir o apoio de Blairo Maggi (PR) à candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado em 2014, no que seria uma aliança de oposição ao candidato que terá o apoio do governador Silval Barbosa (PMDB).
O PR compõe a base de sustentação de Silval, que foi reeleito após assumir o comando o Estado, em 2010, quando ainda era vice de Maggi.
Porém, de acordo com o presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, o republicano poderia romper com o grupo político que hoje governa o Estado, em função do "desempenho negativo" da atual administração.

"Eu acho que o Blairo tem um peso muito grande na consciência, ao ver a situação que Estado está hoje, com esse Governo que ele ajudou a eleger"
“Eu acredito que, se o Blairo tiver bons olhos para Mato Grosso, ele vai apoiar Pedro Taques. Eu acho que o Blairo tem um peso muito grande na consciência, ao ver a situação que Estado está hoje, com esse Governo que ele ajudou a eleger”, avaliou o deputado
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“Eu convivo muito com o interior do Estado, e estamos vivendo um caos. O produtor mato-grossense está agonizando com as estradas. E, se houver uma sequência desse Governo, aí será difícil corrigir os erros porque as pessoas que estão aí no comando atualmente vão continuar. E Mato Grosso precisa de um choque de gestão”, completou.
Zeca Viana afirmou que Taques representa a mudança. Por isso, apesar de Maggi compor a base do Governo Silval, ele não acredita que seu apoio traria desgaste à imagem de senador do PDT.
"O apoio de Maggi não desgasta porque Taques representa a mudança. Além disso, os erros dos governos Maggi e Silval não vão se repetir em uma eventual gestão de Pedro Taques", afirmou o deputado.
Apoio decisivoPara Viana, o apoio de Maggi seria decisivo em uma eleição ao Governo do Estado.
“O apoio do Maggi consolidaria, sem dúvida nenhuma, a candidatura do Taques, pois ele é uma liderança indiscutível, que ajudaria muito no processo eleitoral e também posteriormente, no processo administrativo”, avaliou.
“Sem o Blairo, a eleição fica mais difícil, mas isso não quer dizer que o Pedro Taques vai deixar de ser candidato. Ele está se preparando para isso, estudando muitas questões de Mato Grosso, e vai vir com muita bala na agulha’, disse o deputado.
O presidente do PDT pretende consolidar, ao longo de 2013, o arco de alianças que dará sustentação à provável candidatura de Taques.
Além do PR, ele quer atrair o DEM e o PSDB, e também manter os partidos do movimento Mato Grosso Muito Mais (PDT-PPS-PSB-PV) unidos.