LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O senador Blairo Maggi (PR-MT) avaliou como "positiva" a possibilidade de seu colega de bancada, Pedro Taques (PDT-MT), disputar a presidência do Senado contra o candidato do PMDB, Renan Calheiros (AL). No entanto, de acordo com o republicano, as chances de Taques atingir a vitória são mínimas.
“Temos que aguardar para ver se o senador Pedro Taques vai confirmar essa candidatura. Se essa candidatura vier, ela será importante, até para marcar posição. Mas, as chances de vitória são minguadas”, avaliou Maggi, em entrevista ao
MidiaNews.
Como Taques pertence ao grupo que se autointitula "independente" dentro do Senado, sua candidatura tem o objetivo de apresentar uma alternativa ao nome de Renan Calheiros, que foi afastado do comando do Senado em 2007, acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de empreiteira.

"Quem tem a primazia de indicar o nome do presidente sempre é o partido que tem mais senadores"
Taques conta com a simpatia de líderes do PSDB, o que faz com que ele tenha mais apoio que o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que também ensaia disputar a presidência.
O socialista poderia, até mesmo, abrir mão da disputa e reforçar o nome de Taques. No entanto, esses apoios não seriam suficientes para assegurar a maioria dos 81 senadores.
“Quem tem a primazia de indicar o nome do presidente sempre é o partido que tem mais senadores na Casa. Então, a chance desse senador indicado pelo PMDB vencer é muito grande. E quem faz parte do arco de alianças do Governo Federal acaba indo nessa direção”, afirmou Maggi.
O PMDB possui uma bancada de 20 senadores. Em segundo lugar, está o PT, com 12 parlamentares.
Apoio a RenanO ex-governador de Mato Grosso informou que seu bloco parlamentar, o “União e Força” (formado pelo PR-PTB-PSC-PPL), que congrega 16 senadores, já definiu por apoiar o candidato do PMDB, e dificilmente mudará de posição.
“Apesar de o PR estar, de certa forma, independente com relação ao Governo, fazemos parte de um bloco que é pró-Governo e temos sempre votado com esse bloco”, disse.
O senador por Mato Grosso, inclusive, foi convidado para compor a Mesa Diretora, mas disse ter recusado a proposta.
“Eu não quis fazer parte da Mesa. Não tenho interesse. Prefiro assumir a presidência de uma comissão temática”, disse.
As comissões que estão na mira do PR são a de Meio Ambiente e de Infraestrutura.