O ministro do Trabalho e vice-presidente nacional do PDT, Brizola Neto, defendeu o senador Pedro Taques (PDT) para disputar a presidência do Senado Federal. Em visita a Cuiabá nesta sexta-feira (18), Brizola afirmou que o nome do parlamentar é uma referência nacional e, caso se confirme para a disputa, a sigla apoiará a escolha.
“Estamos discutindo a viabilidade do Senador e, caso ele seja candidato, é claro que o partido inteiro vai abraçar sua candidatura. Ele é uma referência nacional para nosso partido e sem dúvida orgulha o PDT. Se disputar, será apoiado”, disse.
A eleição para a presidência será realizada no dia 1º de fevereiro. Apesar da proximidade da data, Pedro Taques afirmou que a definição de um nome será feita na próxima semana. O senador faz parte do grupo dos “independentes”, que tem articulado também a possível candidatura de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Taques se reuniu com Randolfe na última semana, mas segundo o senador mato-grossense, ainda não há nada definido. O objetivo dos "independentes" é unir forças contra Renan Calheiros, o possível nome do PMDB à disputa pela presidência.
Líder do partido, Renan foi afastado do comando do Senado em 2007, acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de empreiteira. O nome do parlamentar, no entanto, é o mais forte, já que PT e PMDB formam a maioria na Casa.
“Na próxima semana deveremos decidir quem sairá. O importante é que haja um debate, que chamemos a atenção para o Senado. Temos o apoio dos senadores Álvaro Dias, Pedro Simon e Cristovam Buarque”, defendeu Taques.
Renovação Apesar de dizer que seu nome ainda não está confirmado para a disputa da presidência do Senado, Pedro Taques deve mesmo ser candidato. Um dos fatores determinantes é o apoio de Álvaro Dias, líder do PSDB, que já se mostrou contrário ao nome de Randolfe e favorável ao senador de Mato Grosso.
Randolfe anunciou sua candidatura no dia 15, declarando, inclusive, apoio a um documento com diretrizes a serem adotadas por quem assumir o comando do Senado.
Hoje, Taques afirmou que o importante é que haja um grupo contrário a Renan Calheiros.
“Caso a candidatura de Renan se concretize, significará a mesmice do Senado. Precisamos de renovação, de novas ideias, de novas discussões. Não podemos mais continuar sendo o puxadinho do Congresso Nacional”, completou.