O secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Jaime Campos (DEM) afirmou que a recente “troca de farpas” entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Antônio Joaquim, é danosa ao Estado.
Para o democrata, os chefes de Poderes e instituições precisam manter uma relação de união, sobretudo em um momento de crise econômica enfrentada no País.
“Uma briga neste momento é muito ruim para o Estado. Claro que é. Neste exato momento é pernicioso, é muito ruim uma situação dessas para Mato Grosso”, disse Jaime, em entrevista à imprensa, durante vistoria das obras do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
“O que nós precisamos é de união dos Poderes, briga não é bom pra ninguém”, afirmou o democrata.
O político acredita que o imbróglio entre os chefes dos Poderes é uma “coisa de momento”.
Para Jaime, Taques e Antônio Joaquim são maduros o suficiente para entender que, na política, o mais importante é o respeito entre as pessoas.
“Acho que isso é coisa de momento. Algumas coisas surgem quando os ânimos estão acirrados, acabam saindo palavras e adjetivos que não são ideais dentro da democracia. Penso que eles são pessoas maduras o suficiente para buscar uma conciliação, de forma transparente, sobretudo, de forma respeitosa”, disse.
“Tenho quase 67 anos de idade, sei que, na política, o que vale é o respeito. E o respeito tem que ser de mão dupla. Imagino que tanto por parte do governador, quanto pelo próprio presidente Antônio Joaquim esse respeito há. Defendo a tese de que haja união”, afirmou Jaime.
"Briga"
O imbróglio entre Taques e Joaquim surgiu após o TCE ingressar com uma ação para ter acesso a dados sigilosos da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Segundo o presidente, as informações seriam necessárias para a realização de auditores pela Corte de Contas.
Taques, no entanto, acusou o conselheiro de estar usando o TCE como “trampolim” e “poleiro eleitoral”. Isto porque, o presidente já admitiu que deixará a instituição ainda este ano para retomar atividade política.
Joaquim respondeu, por sua vez, que a atitude do governador foi “desproporcional e injusta com o TCE” e disse ainda que Taques precisa " ter a humildade de reconhecer que não é dono do mundo".
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