Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
TAQUES E JOAQUIM
27.04.2017 | 13h53 Tamanho do texto A- A+

Botelho diz que discussão não deveria ser pública e quer encontro

Presidente da AL vai marcar uma reunião entre governador e conselheiro para "apaziguar ânimos"

MidiaNews

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, que quer encontro entre Taques e Antonio Joaquim

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, que quer encontro entre Taques e Antonio Joaquim

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), afirmou que tentará marcar uma reunião entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o conselheiro do Tribunal de Contas (TCE), Antonio Joaquim.

 

Ambos trocaram farpas na imprensa, nesta semana, por conta de uma ação do TCE na Justiça para obrigar o Estado a liberar dados sigilosos sobre exportações. O tucano disse que a medida do conselheiro tem “cunho político”. Antonio Joaquim, por sua vez, afirmou estar cumprindo sua obrigação e que Taques “não é o dono do Estado”.

 

Em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (27), Botelho disse já ter procurado o conselheiro, que afirmou estar disposto a conversar. Falta, agora, a resposta do governador.

 

“Vou falar com o governador. Já falei com Antonio Joaquim. Ele me disse que está pronto para sentar, que não está guardando mágoa e que se tiver cometido algum erro, que vai conversar e entrar em um entendimento. Agora, cabe ao governador abrir as portas para o diálogo”, disse o deputado.

 

Já falei com Antonio Joaquim. Ele me disse que não está guardando mágoa, que vai conversar. Agora, cabe ao governador abrir as portas para o diálogo

Para o parlamentar, o Estado passa por um momento de “dificuldade econômica”, e não pode enfrentar uma rixa entre chefes de poderes e instituições.

 

“O conselheiro Antonio Joaquim não levou para o lado pessoal. Acha que precisa sentar, conversar e negociar, porque estamos em um momento difícil, um momento em que o Estado precisa estar de mãos dadas para sair desta crise. Então, vamos conversar e apaziguar os ânimos para todos ajudarem o Estado”, afirmou.

 

Sem cunho político

 

Botelho disse não acreditar que a discussão tenha cunho político-eleitoral. Para ele, foi um desentendimento por visões divergentes sobre trabalho.

 

Entretanto, avaliou que o assunto não deveria ter vindo a público.

 

“Eu avalio como discussões de trabalho. É normal. Os dois estão trabalhando, cada um a seu modo, e acabou acontecendo essa discussão. Aqui dentro da Assembleia, eu mesmo discuto com alguns funcionários, mas são discussões de trabalho, que não podem ser levadas para o lado pessoal. Então, não acho que tenha alguém com razão. Acho que precisa sentar, conversar e apaziguar os ânimos para tocar para frente”, disse.

 

“Não sei se o governador se excedeu na resposta. O que precisa é sentar e conversar. Mas acho que uma discussão dessas não deveria ter vindo a público”, completou.

 

Entenda o caso

 

O Tribunal de Contas protocolou ação na Justiça para garantir a realização de auditoria no controle de exportação de competência da Secretaria de Estado de Fazenda.

 

A via judicial foi decidida diante da negativa da Sefaz de fornecer informações requisitadas por equipe de auditores públicos externos designada para essa atividade, sob a alegação de preservação de sigilo fiscal das empresas exportadoras.

 

O TCE argumentou na petição judicial que tais informações são imprescindíveis para a realização de fiscalização de interesse público e própria de sua natureza de controle externo.

 

Em resposta, Pedro Taques acusou o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) de estar usando o órgão como “palanque eleitoral” com vistas às próximas eleições.

 

Taques classificou atos de Antônio Joaquim como “politiqueiros” e “midiáticos”. As críticas foram feitas por meio do WhatsApp.

 

O governador ainda insinuou que o conselheiro quer ter acesso a dados sigilosos para “prospectar” possíveis doadores de campanha para uma eventual disputa eleitoral em 2018.

 

Antonio Joaquim classificou como “desproporcional” a reação de Taques.

 

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