Cuiabá, Sábado, 28 de Junho de 2025
POLÊMICA DA RGA
13.06.2016 | 10h41 Tamanho do texto A- A+

Maggi: Governo poderia ter chamado sindicatos com antecedência

Segundo o ministro da Agricultura, Taques "não está honrando a RGA não porque não queira"

Marcus Mesquita/MidiaNews

O ministro Blairo Maggi (PP) ressaltou situação econômica do país

O ministro Blairo Maggi (PP) ressaltou situação econômica do país

AIRTON MARQUES E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), afirmou nesta segunda-feira (13) que o Governo do Estado poderia ter dialogado mais com os servidores públicos quanto ao pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), de 11,27%.

 

De acordo com Maggi, o governador Pedro Taques (PSDB), diante da dificuldade econômica do Estado, deveria ter convocado todas as categorias do funcionalismo público, com antecedência, para buscar alternativas.

 

“Talvez, o que faltou ser feito com maior antecedência foi chamar todos os sindicatos e mostrar, de forma transparente, a situação econômica do Estado”, afirmou Maggi, em encontro com a imprensa em Cuiabá.

 

Talvez, o que faltou ser feito com maior antecedência foi chamar todos os sindicatos e mostrado, de forma transparente, a situação econômica do Estado

“É preciso sempre buscar uma saída negociável com antecedência. Principalmente com aqueles com que você acha que terá um problema. É mais fácil de resolver. Agora, quando chega uma situação como essa, de greve e confronto, é muito difícil”, declarou.

 

Maggi, no entanto, ressaltou que tal situação não é um desejo do Governo, já que todas as unidades da federação estão em sinal de alerta, diante a crise econômica do país e as dificuldades para quitar salários.

 

“O Governo do Estado não está honrando a RGA não porque não queira. Estão olhando não só a árvore, mas a floresta como um todo. Olhando todos os problemas que terão pela frente”, disse.

 

“Ele [Taques] está vendo que se não fizer um sacrifício em determinada área ou cortar alguma coisa, não conseguirá fechar o ano", completou.

 

O ministro também declarou que o governador precisa seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece o limite de 49% da Receita Corrente Liquida do Poder Públcio com a folha de pagamento.

 

"O gestor quando está no Governo, pode dar aumento, pois a lei permite. Mas quando não pode pagar, pois não tem, a Lei também diz algumas coisas que podem ser feitas. Ele teria outras providências a tomar, do que só não pagar. Teria que abrir um programa da demissão voluntária, por exemplo. Criar algum programa, outra solução, que a própria Lei de Responsabilidade Fiscal já permite", declarou.

 

RGA parcelada

 

Com o posicionamento do Governo em não pagar a RGA de forma integral, muitas categorias estão em greve desde o dia 31 de maio.

 

Na última sexta-feira (10), o Governo do Estado apresentou uma última proposta.

 

Em reunião com o Fórum Sindical, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, propôs quitar 6% dos 11,27% da RGA, em três parcelas - em setembro deste ano, e janeiro e abril de 2017.

 

Ele também reiterou a possibilidade de o Governo pagar os 5,27% restantes da reposição, a partir de março do ano que vem, desde que o Estado esteja enquadrado nos gastos com folha salarial exigidos pela LRF. Atualmente, Mato Grosso compromete 50,46%.

 

Além disso, ele garantiu o pagamento das perdas inflacionárias, retroativas a maio deste ano, em três parcelas, nos meses de maio, junho e julho de 2017.

 

“A proposta de hoje é a prova que a força do movimento está levando o Governo a uma estratégia de divisão das categorias. Essa proposta é péssima para todos, mas é ainda pior para aquelas categorias que tem os menores salários do Estado”, disse Daiane aos sindicalistas que estavam em frente a sede da Secretaria de Gestão, logo após a reunião com os secretários.

 

Leia mais:

 

Sindicalista diz que nova proposta é tentativa de dividir grevistas

 

Casa Civil reafirma possibilidade de pagar os 11,27% da RGA

 

Governo propõe pagar restante caso se enquadre na LRF

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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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jose da silva  14.06.16 08h21
Se soubesse tanto quanto fala, o estado de MT já tinha melhorado desde sua gestão.
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Evandro Rodrigues  14.06.16 07h51
Vejo que existe muita especulação para com o funcionalismo público, gostaria que eles tivessem os mesmos pisos salariais que a iniciativa privada tem, de acordo com as funções e classes de todo o pais. Porque quem paga as contas desses ´´MINI MARAJÁS`` somos nós. Venham receber salários de administrativos, auxiliares, assistentes, atendentes, contador, administrador, economista, motoristas....de acordo com o sindicatos da iniciativa privada. Ex. Veja quanto ganha um motorista de ônibus circular e sua rotina diária e veja um motorista de uma secretaria. Vamos buscar comparações semelhantes que ai sim vai sobrar verba para investir na saúde, educação e melhorias para o povo que paga seus impostos.
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Dona CIDA  13.06.16 21h53
Crise ? Outros Estados não pagaram RGA ? E porque o governo pagou RGA somente para o MPE e ao TJMT? a AL e o TCE não contam pois o RGA está embutido nos novos PCCS, conforme já divulgado na mídia.
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Mario  13.06.16 18h54
Respondendo ao Julho José gostaria de dizer que esses 10.000 funcionarios que entraram no ultimo concurso publico representam a renovação do funcionalismo publico e os salarios se você observar são os menores que existem ate porque estão em começo de carreira.
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Edivan Martins  13.06.16 17h20
Falou muito, mas não disse nada. Não falou nada além do que todos os demais políticos, nos agravamento da situação, têm dito: tem que dialogar, tem que que ver a crise, nenhum dos outros Estados estão pagando. Como já disse Renato Russo: "mais do mesmo" e "fala demais por ter nada a dizer"; nas palavras de Cazuza: "hipocrisia"!
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