O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a derrubada do Marco Temporal, aprovada no Congresso Nacional, poderia gerar uma guerra civil no Brasil.
“Bastaria um índio fazer uma declaração que andou pela Avenida Paulista ou qualquer terra em qualquer canto e aquilo começaria um processo de demarcação e isso iniciaria uma grande guerra nesse país", afirmou em entrevista à Jovem Pan News.
"Nós poderíamos ir, ao meu ver, na eminencia de uma guerra civil”, acrescentou.
O Marco Temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.
No entanto, indígenas, ONGs e ativistas criticam a tese, pois, para esses grupos, o direito dos indígenas às terras é anterior ao Estado brasileiro e, por isso, não pode estar restrito a um ponto temporal.
Com isso, a federação composta pelo PT, PV e PCdoB pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) no início de janeiro que seja derrubada a lei que determina esse marco.
O PSOL e a Rede, além da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), apresentaram uma ação similar ao Supremo.
Contra a derrubada, Mendes afirmou que o STF não deve legislar sobre o assunto e defendeu que a questão do Marco Temporal seja enterrada para evitar problemas.
Além de citar o risco de embates internos por território, o governador também apontou que a derrubada da lei poderia acarretar prejuízo econômico ao país, pois traria insegurança jurídica ao setor do agronegócio.
“Agora temos que esperar que o STF não queira legislar e dizer que tudo aquilo que o Congresso fez não vale, porque estão lá para interpretar a lei e não fazer leis", disse.
"Espero que isso prevaleça e a gente sepulte de vez o assunto que seria um imenso problema que não precisamos criar nesse momento no país”, completou.
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