O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que o projeto de lei que proíbe o transporte, armazenamento e comercialização de peixes em Mato Grosso pretende repovoar os rios e incentivar o turismo no Estado.
Em conversa com a imprensa, o democrata defendeu a aprovação da medida, que está tramitando na Assembleia Legislativa, e negou que isso irá impactar a vida dos “ribeirinhos” da Baixada Cuiabana e de outros locais de Mato Grosso.
“A primeira coisa que temos que ver é que os peixes nos rios Mato Grosso estão acabando. Isso por conta da pesca predatória, porque o Estado nunca conseguiu controlar. O que estamos querendo não é proibir a pesca, é proibir o transporte, a comercialização, por um período”, disse.
“Com isso, temos certeza que vamos propiciar o repovoamento desses rios, incentivar o turismo em Mato Grosso, que vai gerar 10 vezes mais emprego do que gera a pesca hoje. Porque 90% do que se consome de peixes em Mato Grosso já é produzido na piscicultura comercial”, acrescentou.
Mendes afirmou que a medida não irá afetar o preço do peixe no Estado, nem seu consumo. E disse que irá criar mecanismos para que essas pessoas que vivem exclusivamente da pesca possam ser amparadas nesse período, principalmente nos seus primeiros anos.
O projeto autoriza a pesca profissional somente àquelas pessoas que exerçam exclusivamente a atividade pesqueira, como sua única fonte de renda.
A medida reforça a proibição durante a Piracema e uso de itens como explosivos, ceva fixa, substâncias tóxicas e outros métodos depredatórios. Também proíbe que pescadores amadores levem peixes para casa, podendo apenas praticar a modalidade "pesque e solte".
“Estamos discutindo isso na Assembleia Legislativa, de um seguro, agora não para aquele pescador que tenha carteirinha profissional do Governo Federal. Todo mundo está vendo aí denúncias rolando. Temos um levantamento que mostra que tem servidor público como pescador profissional, que tem empresário como pescador profissional. E muitas dessas pessoas estão recebendo uma bolsa do Governo Federal”, afirmou.
“Mas isso é um problema do Governo Federal do Ministério Público Federal ir fazer uma verificação, porque tem pessoas que estão lesando esse instrumento que deveria ser utilizado apenas para aqueles que vivem exclusivamente da pesca. Nós vamos criar os mecanismos para proteger. E eu não tenho dúvida nenhuma que isso será muito bom para essas pessoas”, completou.
Comissão
Na Assembleia, o presidente Eduardo Botelho (DEM) criou uma comissão para discutir e propor alterações ao projeto.
Nas próximas semanas, integrantes desta comissão vão definir uma agenda de viagens a Estados onde a restrição já funciona. A ideia é saber se a medida surtiu efeito.
Pelo calendário proposto no Legislativo, o projeto deve ser votado em novembro.
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11 Comentário(s).
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carlito 09.09.19 19h07 | ||||
Os peixe do rio. São alimentos dos jacarés que são muitos e não tem política de abate. Os peixes que sobra são pegos por redes imensas. Aí os que sobras são para os ribeirinho e os pescadores amador. Sr governador os pescadores amadores não acaba com os peixes. Agora e para o ministério público. Faz uma investigação de quem está sendo favorecido com essa lei. Se não são os grandes piscicultores que está sobrando peixes nos seus tanques. Isto é uma sugestão. Agradeço. | ||||
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LINO YOSHIO MAKIAMA 09.09.19 15h28 | ||||
Sou pescador amador por essas águas, sempre respeitei todas leis que eu me lembro, houve dos 10 kg mais um exemplar, por reclamação de pescadores em geral que estava reduzindo muito peixes nos rios inclusive uma espécie especifica o DOURADO, então foi no ano seguinte que veio a lei estadual da proibição de pesca-lo por (três) 3 anos e redução na quantidade de transporte para 5 kg mais um exemplar, estão discutindo novamente a lei da pesca no estado de Mato Grosso agora querem proibir a pesca por um período de 5 anos porque esta acabando os peixes, isso não vai resolver o problema, os pescadores amador e profissional não tem nada a ver com essa predação, tem que combater firmemente é a pescaria predatória praticados por pescadores ilegais em todo Estado que utilizam métodos proibidos, passam redes de arrasto no rios e baías pegando todos os peixes pequenos e grandes, sugestão, o Governo deveria criar agentes ambientais voltados a proteção da pesca nas comunidades ribeirinhas. | ||||
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JANUÁRIO 09.09.19 11h52 | ||||
MAIS UM MOTIVO PRA NÃO VOTAR NO CANDIDATO A PREFEITO DE CUIABÁ QUE ELE APOIAR. | ||||
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roberto 09.09.19 11h45 | ||||
Quem vai vim fazer pesca esportiva em um Rio cheio de cocô? Me desculpem,más esses peixes do rio Cuiabá,não era nem pra ser comercializado! Os peixes desse Rio esta impróprio para o consumo! A prefeitura tem que trabalhar para diminuir o esgoto nesse Rio,controle de lixo etc... Depois vai ter moral para proibir a pesca! Más tem que ofertar outra fonte de renda para os ribeirinhos,carne de jacaré é uma opção! turismo é uma opção! artesanato é uma opção! etc... | ||||
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ricardo 09.09.19 11h10 | ||||
A falta de peixe no Rio Cuiabá é o esgoto. A falta de peixe no Pantanal é o excesso de jacaré. A falta de peixe na Bacia do Araguaia e na Bacia do Teles Pires é o excesso de agrotóxico. Com ou sem a "cota zero" o estoque pesqueiro jamais será reposto. "COTA ZERO" é pressão dos piscicultores(criadores de peixes). É tudo comércio. Na verdade o governo é omisso nas suas obrigações de fiscalizar. | ||||
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