O ano de 2024 trouxe uma perda precoce para a política mato-grossense com a morte da deputada federal Amália Barros (PL), aos 39 anos.
Internada em São Paulo, ela faleceu na madrugada do dia 12 de maio em consequência de complicações de uma cirurgia após a retirada de um nódulo benigno do pâncreas.
Descoberta do tumor
Amália foi internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, no dia 1º de maio para passar por uma cirurgia de retirada de um nódulo benigno no pâncreas. Ela descobriu o tumor após exames para realizar uma Fertilização In Vitro.
Na época, o marido da deputada, produtor rural Thiago Boava, concedeu uma entrevista ao MidiaNews contando que o exame que revelou o tumor havia sido realizado meses antes, em janeiro de 2024.
Segundo ele, Amália havia passado por uma bateria de exames exigidos para quem deseja realizar a fertilização e foi durante uma ressonância que foi detectado o tumor, que era pequeno e benigno. Os médicos, então, deixaram que Amália decidisse se tiraria ou permaneceria com o nódulo.
“Alguns médicos falaram que ela poderia conviver com esse tumor, mas outros falaram que é um tumor que estava quieto, mas que poderia evoluir. Então, pensamos: ‘Para que viver com isso?’. E ela preferiu tirar”, relatou.
Apesar do procedimento ter sido bem sucedido, com a retirada completa do câncer, um dia depois da cirurgia a deputada sofreu um sangramento.
Com isso, Amália precisou passar por outros procedimentos cirúrgicos que agravaram seu quadro de saúde levando-a a ser entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ao todo ela passou 10 dias internada na UTI. Na noite de sábado,11 de maio, ela passou pela última cirurgia para tratar de complicações no fígado, mas não resistiu e morreu na madrugada de um domingo, dia 12.
Reprodução/Portal da Cidade
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abraçada a mãe de Amália Barros
Comoção nacional
Após a morte da deputada federal vários políticos se manifestaram publicamente lamentando a partida precoce.
O governador Mauro Mendes (União) e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram nomes de destaque que fizeram notas sobre o caso, prestando condoçências à família.
O velório e sepultamento de Amália ocorreram em sua cidade natal, Mogi Mirim, e reuniram parentes, amigos e figuras públicas que eram próximas da parlamentar.
A ex-primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, que era uma das amigas próximas da deputada, acompanhou toda a despedida pessoalmente e permaneceu abraçada com a mãe de Amália, Maria Helena Scudeler Barros, durante o enterro.
O cortejo e sepultamento também contaram com a presença da deputada estadual Janaina Riva (MDB), do presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, dos deputados federais Abilio Brunini (PL), Coronel Fernanda (PL), Gisela Simona (União), dentre outros.
Dias após sua morte, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Resolução 22/24, que deu o nome da deputada Amália Barros ao Prêmio Brasil Mais Inclusão.
O projeto, promulgado como Resolução 10/24, recebeu ampla aprovação no Plenário, refletindo o consenso sobre a importância de reconhecer e valorizar os esforços da parlamentar.
Trajetória política
A história de Amália na política começou muito antes dela ser eleita em Mato Grosso no ano de 2022. Natural da cidade paulista de Mogi Mirim, Amalia Scudeler de Barros Santos nasceu em 22 de março de 1985 e transformou em luta um drama pessoal.
Aos 20 anos de idade, Amália perdeu a visão do olho esquerdo por conta de uma infecção, a toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve, em 2016, que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular.
Em 2021, Amália lançou o livro “Se Enxerga!: Transforme desafios em grandes oportunidades para você e outras pessoas”, contando sua história, fundou o Instituto Amália Barros, rebatizado posteriormente como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular.
Ela entrou de vez na política após se dedicar à aprovação da Lei. 14.126/2021, que classificou a visão monocular como deficiência sensorial e deu às pessoas com visão monocular os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência.
Engajada na luta pelo monoculares, se filiou ao Partido Liberal para disputar uma cadeira na Câmara Federal e conseguiu ser eleita com mais de 70 mil votos em Mato Grosso, onde vivia com o marido e produtor rural, Thiago Boava.
Em sua campanha ela teve como fortes aliados o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com quem tinha uma amizade próxima.
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