Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
CASO MAIANA
27.11.2012 | 13h36 Tamanho do texto A- A+

Família quer bloquear bens de acusado de matar menor

Garota foi assassinada aos 16 anos; ex-namorado é acusado de ter planejado o crime

MidiaNews

Sueli Mariano, mãe de Maiana, quer o bloqueio de bens de Rogério Amorim (detalhe)

Sueli Mariano, mãe de Maiana, quer o bloqueio de bens de Rogério Amorim (detalhe)

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

A família da menor Maiana Mariano Vilela, assassinada aos 16 anos, entrou com um ação judicial solicitando o bloqueio dos bens do empresário Rogério Amorim, 39.

Ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a garota e foi apontado pelo MPE (Ministério Público Estadual) como o mandante do crime.

Configuram como autores da ação a mãe de Maiana, Sueli Mariano, e os dois irmãos da menor, Raul Vinícus Mariano e Danilo Raul Mariano Vilela.

Eles requereram que fosse concedida liminarmente a decretação da indisponibilidade de eventuais bens pessoais de Amorim, assim como bens que integram o ativo imobiliário da empresa E. P. Pré-Moldados Ltda.

A ação especifica que o bloqueio deve ser feito em quantia suficiente para cobrir o valor estimado das indenizações.

A justificativa apresentada é a tentativa antecipada de impedir que Rogério transfira os bens para outras pessoas.

“(...) transferiu sua riqueza para a empresa acima mencionada, sociedade empresária esta que figuram como ‘sócios de fachada’ sua mãe e uma amiga, bem como, que o requerido está se utilizando de manobras escusas para esconder seu patrimônio e que, em virtude disso, receiam que o requerido buscará por todos os meios dissipar seu patrimônio”, diz um trecho da ação.

Juíza não pode julgar

A ação foi protocolada na Segunda Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, onde o tramita o processo do assassinato de Maiana.

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Família requer bloqueio do ativo da empresa de Rogério Amorim



A juíza titular da Vara, Tatiane Colombo, manifestou que não possui competência para julgar a ação cautelar inominada.

A magistrada justificou que a vara especializada detém competência para julgamento e execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Desta feita, a lei expressamente confere às Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a competência múltipla nas áreas civil e criminal, compreendendo todos os tipos de processo, que podem ser de conhecimento, de execução ou cautelar, ou preventivo decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o que não é o caso do presente feito”, diz trecho da decisão proferida pena juíza no dia 14 de novembro.

Júri popular

A juíza Tatiane Colombo, se pronunciou para que os acusados de assassinarem a menor Maiana Vilela sejam levados a Júri Popular, pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Ainda não há uma data definida para o julgamento entrar na pauta.

Vai passar pelo crivo no jurados o empresário Rogério Silva Amorim, 39, apontado como mentor e mandante do crime.

Também serão julgados Paulo Ferreira e Carlos Alexandre Silva, que confessaram ter executado a menor, a mando de Rogério.

Eles também respondem pelo crime de ocultação de cadáver. Maiana foi dada como desaparecida, pelo próprio Rogério, em dezembro de 2011.

Caso Maiana

Maiana Vilela tinha 16, anos desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.

KP MidiaNews

Mãe de Maiana: 'Perdi a minha companheira"

Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.

Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar na agência do Banco Itaú, no CPA II.

Ela teria que levar R$ 400 do total para pagar um suposto caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.

Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.

A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo.

Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada, na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.

O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.

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luis  27.11.12 22h33
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Cristina  27.11.12 16h59
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joelma  27.11.12 16h39
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Armando Nogueira  27.11.12 15h44
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José Paulo Vianna  27.11.12 15h15
Esses caras tem que ficar muito tempo presos e isso infelizmente não vai acontecer pois nossa justiça aqui na hora de aplicar a pena leva em consideração muitas atenuantes, porém tenho que comentar que quando a mãe viu que a filha estava se envolvendo com um cara que já tinha um histórico de envolvimento com menores, teria que colocar a justiça no pé dele que por mais que não afastece ela dele pelomenos ele teria que pensar 2 vezez antes de fazer oq fez pois já estaria lá na justiça o tal envolvimento dele com a menor, de nada vai adiantar os bens, isso não trará infelizmente ela de volta.
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