A Polícia Judiciária Civil informou, nesta segunda-feira (27), que abriu inquérito para investigar um suposto esquema de cobrança de propina para a realização de cirurgias no Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
O caso, revelado pelo
MidiaNews no domingo (26), envolve um segurança do Pronto-Socorro da cidade. Em princípio, segundo Boletim de Ocorrência, o segurança pertenceria ao hospital mantido pelo Governo.
Em nota, por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Civil revela que a prisão em flagrante do agente de segurança Edson Fernando da Silva, 48, ocorreu após uma denúncia encaminhada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), na quinta-feira (23). O flagrante foi feito no sábado (25) policiais civis da Delegacia Municipal.
Edson foi preso pelo crime de corrupção passiva, ao receber parte do pagamento exigido pela intermediação de uma cirurgia ortopédica no Hospital Metropolitano. O segurança foi autuado em flagrante quando recebia R$ 500, do esposo de uma paciente, que registrou boletim de ocorrência na sexta-feira (25) passada, denunciando o fato.
Em interrogatório, conduzido pelo delegado plantonista Ivar Polesso, o segurança fez uso do direito constitucional de permanecer em silêncio e falar somente em juízo. O segurança está recolhido na Cadeia do Capão Grande, em Várzea Grande.
A vítima contou que era coagida pelo segurança a pagar propina R$ 2,5 mil pela cirurgia da mulher, realizada no Hospital Metropolitano, no dia 23 de fevereiro.
A gerente operacional do Hospital Metropolitano, ao ser ouvida, informou à Polícia, que recebeu uma ligação de um médico exigindo que ela aceitasse a transferência da paciente do Pronto-Socorro Municipal para o Hospital Metropolitano.
O médico - cujo nome não foi revelado - está sendo investigado no inquérito policial conduzido pelo delegado da Municipal de Várzea Grande, João Bosco Ribeiro Barros, em continuidade às investigações de cobrança de propina por cirurgias.
De outro lado, a Secretaria de Estado de Saúde esclareceu que as cirurgias em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) são gratuitas.
A população deve denunciar na Polícia Judiciária Civil a cobrança de agendamento e realização de cirurgias.
A denúncia pode ser registrada em qualquer unidade policial do Estado de Mato Grosso e pelo disque-denúncia.