Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
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Morro do Despraiado continua sob risco de deslizamento

Muro de contenção será construído após remoção das famílias, diz Secopa

Lislaine dos Anjos/MidiaNews

Morro do Despraiado: deslizamento parcial após chuva resultou em interdição de moradias

Morro do Despraiado: deslizamento parcial após chuva resultou em interdição de moradias

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Governo do Estado entregou a obra do Viaduto do Despraiado, na Avenida Miguel Sutil, na noite de segunda-feira (18), mas continua em alerta para os riscos de deslizamento do morro localizado próximo à obra, cuja instabilidade resultou, na semana passada, na interdição das residências fixadas em seu topo, pela Defesa Civil Municipal.

A notificação da Defesa Civil é para que as nove famílias que possuem casas na Rua Xavantes, no bairro Santa Helena – sendo que duas estão localizadas à beira da queda no Morro do Despraiado – sejam removidas com urgência do local, por risco de desabamento.

Ao MidiaNews, o secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, salientou que a preocupação do Estado continua, uma vez que o período de chuvas teve início e apenas duas famílias já foram completamente retiradas da zona de perigo.

"As chuvas preocupam, tanto é que estamos alerta vermelho a todo momento. Não só nós, da Secopa, quanto também as defesas civis Municipal e Estadual"

“As chuvas preocupam, tanto é que estamos alerta vermelho a todo momento. Não só nós, da Secopa, quanto também as defesas civis Municipal e Estadual. Estamos consolidando a desapropriação daquelas famílias e, para não haver riscos, estamos inclusive removendo algumas delas”, afirmou.

Guimarães salientou que a obra do Viaduto do Despraiado é segura e não tem ligação alguma com a obra de construção do muro de contenção do morro.

“São obras, ações e projetos diferentes. O processo de obra do muro de arrimo será executado pela Secopa e terá início assim que retirarmos algumas famílias, porque precisaremos cortar um pouco do morro. Essa obra surgiu a partir da identificação de que o morro era muito mais vulnerável do que se previa”, explicou.

Segundo o governador Silval Barbosa (PMDB), a indenização das nove famílias atingidas pela interdição da Defesa Civil já teve início.

“Há muito tempo elas moravam em situação de risco. A Defesa Civil já veio, notificou e eu já fiz o decreto. O Maurício está tomando todas as providências. Duas famílias já foram retiradas e assim que nós removermos as casas dali, nós vamos fazer o rebaixamento e construir o muro de contenção”, afirmou.

Deslizamento


Na última terça-feira (12), parte do morro deslizou após uma forte chuva atingir a Capital. Na ocasião, o trânsito pela marginal do Viaduto do Despraiado, até então liberado, foi bloqueado.

"O processo de obra do muro de arrimo será executado pela Secopa e terá início assim que retirarmos algumas famílias, porque precisaremos cortar um pouco do morro"

Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Oscar Amélito, por se tratar de uma obra do Estado, é dever do poder público dar o apoio necessário às famílias para que elas sejam removidas do local.

Ele explicou que há casos de residências em que o muro, erguido à beira da queda, estão prestes a ruir e, apesar do risco de que haja desabamento total do morro não é alto, ao menos três famílias estão em situação crítica.

“Há três famílias que devem sair imediatamente. Mas o talude afeta a todas e a remoção tem de ser feita. Se insistirem [em permanecer no local], podemos usar força policial”, afirmou.

Polêmica

O impasse entre os moradores e o Governo do Estado teve início quando a Secopa realizou um corte na encosta do morro para alargamento da pista da Perimetral, ação que integra o projeto de adequação da via para construção do Viaduto do Despraiado e já estava previsto em projeto.

A ideia, até então, era construir um muro de arrimo de aproximadamente cinco metros de altura, que iria conter possíveis deslizamentos no futuro, bem como escalonar o morro em forma de talude (plano inclinado que limita um aterro), com recobrimento vegetal para proteger o solo da erosão.

A ideia, depois de discutida, foi aceita pelos moradores, que inclusive aceitaram perder parte de seus terrenos, a fim de não deixarem o local, o que agora não mais será possível.

O muro de contenção – que originalmente estava previsto no contrato de R$ 18,9 milhões do Consórcio Atracon, responsável pela execução do Viaduto do Despraiado – será construído pela Secopa.

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Felipe  19.11.13 18h32
Com essa situação de risco o governo retirou os moradores das casas no alto do morro, mas existem as pessoas de trafegam pela avenida, recém liberada, os motorista, motociclista e pedestres. Todo estão em risco. A Defesa Civil é uns dos órgão responsável pela solução do problemas ainda não se manifestou.
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Ademir  19.11.13 16h33
Isso é caso de polícia, todos, mas todos podem ver que se vier abaixo aquilo será de uma só vez, e tem pedestres, trânsito liberado, MP lembre destas falas, porque agora com esta inércia como sempre merece cadeia para muitos nesta SECOPA.
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