LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá, responsável pela implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Capital e em Várzea Grande, confirmou para o mês de abril o início da obra de construção de mais uma ponte para interligar as duas cidades.
Antes anunciada para ter início em setembro de 2012, a obra é considerada essencial para a instalação do VLT na Grande Cuiabá, e será construída paralela à atual Ponte Júlio Müller, a "Ponte Velha", no bairro do Porto. (Leia mais
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Segundo informações da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), todos os licenciamentos necessários para a implantação da obra já foram concluídos junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e não há mudança no projeto básico apresentado anteriormente.
Dessa forma, no final da obra, a Ponte Júlio Müller – que hoje é formada por duas estruturas independentes, cada uma trabalhando com o fluxo de trânsito em um sentido – deverá ganhar mais uma via.
A obraQuando a obra for concluída, as pessoas deverão enxergar uma ponte só, que, na verdade, é formada por três estruturas independentes, para que a sobrecarga de uma não interfira na outra.
Assim, a via considerada mais nova, que atualmente atende ao fluxo que segue no sentido Várzea Grande-Cuiabá, será usada exclusivamente para a passagem do VLT, nos dois sentidos.
Esse eixo do modal será responsável pela ligação entre o Aeroporto Marechal Rondon e a região do CPA, passando pela Avenida da FEB e pela Prainha.
Já a via mais antiga, usada hoje por quem segue de Cuiabá para Várzea Grande, continuará atendendo à demanda atual.
Enquanto isso, a estrutura mais nova, que ainda será erguida, passará a atender ao fluxo que segue de Várzea Grande para a Capital.
Intervenções no trânsito As obras da Ponte Júlio Müller irão coincidir com as intervenções para implantação do VLT nas avenidas XV de Novembro e Tenente-Coronel Duarte (Prainha), já anunciadas para terem início no final deste mês (Leia mais
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Dessa forma, a situação no trânsito da Capital, que já se encontra crítica pelo atual número de bloqueios e desvios a serem usados pela população para desviarem das obras da Copa do Mundo de 2014, tende a piorar.
Segundo o secretário da Copa, Maurício Guimarães, apesar das interdições na Prainha serem totais, mas por trechos, a ideia é fazer com que o acesso ao local seja restrito ao transporte coletivo e a quem precisar se dirigir a um comércio da região.
Operação do VLTOrçado em R$ 1,47 bilhão, a implantação do VLT na Grande Cuiabá é de responsabilidade de um consórcio formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida S/A Engenharia de Obras, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
O pacote de obras inclui, além da instalação de trilhos e de toda a estrutura do metrô de superfície, a execução de 12 obras de arte ao longo dos dois eixos do VLT.
No total, serão construídos cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes ao longo de todo o trajeto, bem como será feito o reforço do Canal da Prainha.
O novo modal será implantado em dois corredores estruturais do transporte coletivo e passará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB (em Várzea Grande), e também pelas avenidas XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
Serão construídas 33 estações e três terminais de integração. O eixo 1 contará com 22 e o eixo 2 com 11 estações.
No total, o VLT percorrerá 22,2 km, divididos em dois eixos. O Eixo 1, que ligará a região do CPA, em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, terá 15 km.
Já o Eixo 2, que fará a ligação entre o Centro e a região do Coxipó, terá 7,2 km.