ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Presidente do diretório do PDT de Cuiabá, Kamil Fares afirmou hoje (21) que há "grande chance" de o partido lançá-lo como candidato à Prefeitura na Capital. Ele afirmou que a possibilidade está sendo cada vez mais admitida pelo partido e por seu líder maior, o senador Pedro Taques.
Ao
MidiaNews, o médico Fares afirmou que a hipótese de o PDT lançar candidato próprio surgiu por causa da postura do empresário Mauro Mendes (PSB).
"Ao procurar uma composição com o PMDB e com o PR, Mendes causou um desconforto nos partidos aliados. Por isso, o senador Pedro Taques trabalha esse projeto", disse.
De São Paulo, por telefone, Kamil Fares disse que o rumo do partido depende diretamente da escolha do candidato a vice na chapa de Mendes.
“Estou em viagem e o senador Pedro Taques está em Brasília. Mas conversamos ontem por telefone sobre o assunto. Este final de semana será decisivo. Vamos aguardar o anúncio do Mauro, sobre quem será o vice e, se consolidar essa separação entre o PDT e o PSB, vamos lançar nosso projeto”, afirmou.
Desgaste de MauroO médico, que também foi presidente da Unimed Cuiabá, afirmou que já é possível perceber a rejeição em relação a Mauro Mendes nas ruas.
"Fui à Feira do Porto, um local onde há pessoas de todas as classes sociais, e muitos estão incomodados com os movimentos do Mauro. Alguns acham ruim ele se separar politicamente do senador Pedro Taques. Outros reclamam por causa do fato dele tentar voltar e se aproximar do seu antigo partido, o PR. Até que ponto isso será benéfico?", afirmou.
Segundo ele, a o apoio à candidatura própria vem recebendo cada vez mais apoio.
"Todos os pré-candidatos a vereador querem candidatura própria. Se depender deles, serei candidato a prefeito de Cuiabá. Alguns dizem: 'Você terá que ir para o sacrifício!'. Mas eu não considero isso um sacrifício, muito pelo contrário", afirmou.
Eleição "cara"Otimista, Fares mostra cada vez mais disposição para a disputa e diz que terá a vantagem de ser apoiado por Pedro Taques. E já falou em segundo turno.
"Acredito no poder de transferência de votos do senador para a minha candidatura. E ele tem muitos eleitores em Cuiabá. O Mauro queria que essa eleição fosse barata, mas pode sair bem mais cara. Acredito que podemos levar o pleito para o segundo turno”, disse ele.
Sobre o fato do PMDB ter lançado o ex-vereador Totó Parente à disputa, Kamil lamentou a escolha do partido e afirmou que o empresário Dorileo Leal, do Grupo Gazeta de Comunicação, tinha mais chances de fazer um bom papel na disputa.
“Não sei se o nome do Totó tem força, mas o Dorileo estava indo bem, com 12% das intenções de voto”, afirmou.
Em relação a uma possível aliança com o vereador e pré-candidato do PT, Lúdio Cabral, Kamil afirmou que ainda existe essa possibilidade. "Tudo será resolvido neste final de semana", afirmou.