Mendes diz que Lúdio cria "factóides" e é uma "marionete"

O empresário Mauro Mendes (PSB), candidato a prefeito de Cuiabá, classificou de "factóides" as afirmações feitas pela coligação de seu adversário, Lúdio Cabral (PT), de que ele estaria usando de poder econômico para comprar votos.

Em entrevistas, o petista disse que “algo muito estranho” teria acontecdo no fim da semana em que ocorreu a eleição, e mencionou a existência de inquéritos da Polícia Federal sobre prisões de pessoas que estariam ligadas ao grupo de Mendes, por suposta compra de votos. Leia AQUI.

“Isso é uma justificativa que estão arrumando para várias pesquisas fajutas, que foram colocadas de uma maneira equivocada. Ao invés de explicar as pesquisas que erraram feio, ou por incompetência ou por má fé, eles ficam tentando criar factóides”, rebateu Mendes, em entrevista ao MidiaNews.

Sobre os inquéritos da PF, o empresário afirmou desconhecê-los e provocou a coligação do petista a comprovar as afirmações de que ele estaria comprando votos.

“Eles, com muita arrogância e prepotência, chegaram a anunciar que venceriam a eleição em primeiro turno. Criaram mentiras, mentiram para o eleitor, tentaram enganar o povo de Cuiabá. Mas, a resposta veio nas urnas. Humilhados e envergonhados, eles ficam agora tentando criar factóides e desviar da cortina de fumaça. Que eles mostrem, então, os fatos para que o nosso jurídico possa se posicionar”, disparou.

O empresário tamém criticou o seu adversário por, na sua visão, “esconder os seus apoiadores”.

“Por que ele não mostra quem, de fato, está por trás de sua campanha? Diferente do meu adversário, que tem apoio de Eder Moraes, José Riva, não tenho por que ficar escondendo quem está ao meu lado. Ele [Lúdio] se transformou numa marionetes na mão desses apoiadores”, alfinetou Mendes.

Resposta a ministro

O empresário reagiu com ironia às críticas do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que, durante rápida passagem por Cuiabá, na semana passada, para reforçar a campanha de Lúdio, disse que avisaria a presidente Dilma Rousseff (PT) dos ataques sofridos pelo petista, além de classificar a coligação de Mendes de incoerente – por criticar o discurso de alinhamento ao mesmo tempo em que tenta se mostrar alinhado ao governo federal. Leia mais AQUI.

“Primeiro, eu queria perguntar ao ministro Gilberto carvalho se ele sabe onde fica o Pedra 90, o Jardim Vitória, o bairro do Porto; se ele conhece o problema da Saúde de Cuiabá. Ele não conhece nada de Cuiabá. Essas pessoas que vêm de fora para fazer críticas, primeiro têm de mostrar que conhecem um pouco de Cuiabá, para depois vir debater comigo”, afirmou Mendes.

O candidato do PSB disse que conhece a presidente Dilma, e que espera ter uma boa relação com ela e o Governo Federal, caso seja eleito.

“Já tive a presidente Dilma aqui em 2008 [durante campanha para a Prefeitura], fazendo grandes elogios para mim. Já tive o ex-presidente Lula pedindo votos para mim. Ele mesmo, que é o maior líder do PT, disse que, depois de uma eleição, tudo é igual, que não quer saber se o prefeito é do partido A ou do partido B. Depois da eleição, conversa de alinhamento não vale nada. O que vale é competência, trabalho”, afirmou.

Mendes ainda reafirmou que o seu partido faz parte da base aliada do Governo Federal, e classificou como “desrespeito a democracia” o uso do discurso de alinhamento em época de eleição.

A eleição para escolha do prefeito de Cuiabá, em segundo turno, ocorre no próximo dia 28.