ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O PDT realizou sua convenção neste sábado (30), no ginásio do Verdinho, em Cuiabá. Com faixas, bandeiras e muito barulho, o empresário Mauro Mendes (PSB) foi recebido por aproximadamente 300 pessoas.
Principal líder do PDT, o senador Pedro Taques chegou junto com Mauro e, logo no início, enfatizou que o Movimento Mato Grosso Muito Mais (PDT, PSB, PPS e PV) estava mantido e que o Partido da República, que indicou o deputado estadual João Malheiros como vice, seria bem aceito na composição.
“Quero agradecer ao futuro prefeito Mauro Mendes... Política se faz com companheirismo e lealdade. Mauro, o PDT está com você e vamos ganhar a Prefeitura de Cuiabá. Essa aliança é limpa, transparente e vencerá as eleições. Não tinha restrições e estou muito satisfeito com o nome do Malheiros”, disse Taques.
Mauro teceu diversos elogios ao PDT. “É um grande partido e temos uma liderança muito expressiva, que é o senador Pedro Taques. Estamos todos em conjunto e quero olhar no olho de cada um de vocês, para dizer que estaremos unidos por Cuiabá”, disse.
Taques permaneceu na convenção por menos de 20 minutos. Apressado, disse que precisava se ausentar pois iria percorrer mais três cidades do interior do Estado para participar de outros atos políticos.
Antes de deixar o local, ele abraçou Mauro e disse que estava "contente" com Malheiros como vice. “Estou feliz com o nome do Malheiros. Cuiabá tem pessoas que a amam”, afirmou Taques.
UniãoO presidente municipal do PDT, Kamil Fares, tinha seu nome cotado para encabeçar uma candidatura própria do partido. Contudo, mesmo não tendo conseguido se viabilizar como vice de Mendes, disse que estava satisfeito com a composição.
“A união política é muito importante. Estou aliviado, satisfeito e creio que Mauro e Malheiros terão ótimas propostas a apresentar”, disse.
Esta é a terceira vez que Mauro se candidata a um cargo eletivo. A primeira foi em 2008, quando disputou a Prefeitura de Cuiabá.
Ele foi derrotado nas urnas pelo então prefeito Wilson Santos (PSDB), mas conseguiu levar a disputa para o segundo turno. Na época, obteve 114.432 mil votos, 55.602 mil a menos que o tucano.
A segunda tentativa foi em 2010, quando concorreu para o cargo de governador, mas foi derrotado por Silval Barbosa por uma diferença de 287.33 mil votos.
Crise Sobre a crise interna instaurada nesta manhã no diretório do PR, Mauro disse que o processo é natural e que as divergências de pensamento precisam ser respeitadas. Ele afirmou que não gostaria de ter que escolher entre o vereador Francisco Vuolo e Malheiros para sua vice. Disse também que não acredita na ameaça feita pelos candidatos a vereador do PR, que prometeram abandonar o pleito, já que Malheiros foi indicado na chapa do empresário.
“A indicação da vice deveria mesmo ser feita pelo PR e não por mim. Tenho certeza que isso aconteceu porque as lideranças querem participar do processo. O embate é natural, sempre quando um lado não atinge seus objetivos ficam mais exaltados, mas nada melhor do que uma noite bem dormida. Quem não atingiu seu objetivo nesse momento, não sai como derrotado. Temos planos pela frente, vamos construir projetos para eleger vereadores e isso tudo vai unir todas as correntes”, minimizou Mauro.
Sobre o fato de Lúdio Cabral (PT) ter conseguido o apoio do PMDB, de Silval Barbosa, ele afirmou que não se sentiu enfraquecido e que acredita nos votos que já obteve em outras eleições. “Eu terei o apoio de toda população cuiabana, do Taques e do senador Blairo Maggi”, rebateu ele.