LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O PMDB e o PR reivindicaram, de forma oficial, nesta semana, a candidatura de vice-prefeito, na chapa a ser encabeçada por Mauro Mendes (PSB), na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
O empresário teve sua primeira reunião institucional com o PR na noite de quarta-feira (13) e com o PMDB, na manhã de quinta-feira (14). Em ambas as ocasiões, o pré-candidato oficializou o convite para que fosse formada uma aliança e, em resposta, recebeu as reivindicações. Os dois partidos devem responder, nos próximos dias, se aceitam compor o arco de alianças.
No entanto, nos bastidores, o assédio já vem acontecendo há muito tempo, tanto que os pré-candidatos dos dois partidos – Francisco Vuolo, do PR, e Dorileo Leal, do PMDB – se retiraram da disputa na última segunda-feira (11), sob o argumento de que seus partidos estavam mais interessados em indicar o vice de Mendes do que investir na candidatura própria.
No caso do PR, o interesse já era público, pois o deputado estadual João Malheiros deixou o cargo de secretário de Cultura, no último dia 5, justamente com o objetivo de ser vice de Mauro Mendes, após ser convidado pelo empresário.
Já o interesse do PMDB veio à tona após Dorileo denunciar uma articulação do ex-vereador Totó Parente para se tornar vice do pré-candidato do PSB. O próprio Dorileo havia sido convidado para ser vice de Mendes, mas recusou a proposta.
Ficou criado, portanto, o impasse em torno da escolha do vice de Mauro Mendes. Segundo o pré-candidato, a decisão sobre vice só será tomada após a consolidação do arco de alianças.
Ontem, Mendes observou que reivindicações de formar chapa são legítimas, pois ambos os partidos têm musculatura para isso, e lembrou que o PDT havia reivindicado a mesma posição, na segunda-feira. Ele ressaltou, no entanto, que não assumiu compromisso sobre indicação do vice com nenhum partido.
“A escolha do vice não será feita pelo PSB, mas sim por representantes de todos os partidos que quiserem sentar nesse projeto de aliança por Cuiabá. No momento adequado, vamos colocar na mesa e discutir nomes, partidos, composição, usando o diálogo como grande instrumento. Nós veremos quem tem as melhores condições para representar essa aliança”, disse.
No entanto, ele não quis apontar os critérios que serão adotados para a escolha do vice, e afirmou que os critérios ainda serão “construídos” pelos representantes dos partidos que compuserem a aliança.
O PR indicou João Malheiros como o vice, e o PDT apontou Kamil Fares. O PMDB, por sua vez, ainda não fechou a indicação. Os nomes que estão à disposição do partido para a tarefa são Totó Parente, o vereador Domingos Sávio e o ex-presidente da OAB Francisco Faiad.
AlinhamentoA direção do PMDB apontou o alinhamento com os governos estadual e federal como grande trunfo do partido, além do tempo de televisão, que é o segundo maior, perdendo apenas para o PT.
Um dos mais cotados para ocupar o posto de vice de Mendes, Totó Parente, afirmou que é “natural” que um partido do tamanho do PMDB, não tendo candidato, tenha ao menos um vice.
Totó minimizou o fato de Mendes ter disputado a última eleição contra o governador Silval Barbosa (PMDB). “Não somos inimigos, fomos adversários na campanha. Não temos uma história de enfrentamento com o Mauro, até porque fomos aliados em 2008, quando ele se candidatou a prefeito”, observou.
O presidente municipal da sigla, Clóvis Cardoso, endossou a declaração do correligionário. “Estivemos juntos em 2008 e, em 2010, houve uma opção política do Mauro, que escolheu disputar a eleição a governador. Fomos adversários, mas não somos inimigos”, disse.
“Vemos com bons olhos essa aliança, temos afinidades ideológicas e gostaríamos de compor com ele”, completou.
