Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
INQUÉRITO CIVIL
07.12.2018 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Após mortes, MPE abre investigação contra o Plástica para Todos

O procedimento foi aberto pelo promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, no último dia 3

MidiaNews

O promotor de Justiça Ezequiel Borges (no detalhe), do Ministério Público

O promotor de Justiça Ezequiel Borges (no detalhe), do Ministério Público

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades nos procedimentos cirúrgicos realizados pela empresa Plástica Para Todos, em Cuiabá. A empresa atende no Hospital Militar, no Bairro Goiabeiras.

 

O procedimento foi aberto pelo promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos, do Núcleo de Defesa da Cidadania e Consumidor de Cuiabá, por meio da portaria nº 015/2018, assinada na última segunda-feira (3).

 

De acordo com a portaria, o objetivo é apurar denúncias referentes à incapacidade estrutural do hospital onde os procedimentos são realizados; ausência/deficiência de atendimento pré e pós-operatório; falta de notificações do órgão sanitário sobre eventuais infecções hospitalares; falta de alvará sanitário da unidade hospitalar creditada pela empresa responsável pela execução dos serviços e publicidade enganosa.

 

Divulgação

Ivone Alves de Almeida

A servidora aposentada Ivone Alves de Almeida (detalhe), que morreu poucas horas depois de procedimento estético

A empresa é acusada de ser responsável pela morte de duas mulheres por complicações decorrentes de cirurgias plásticas.

 

O primeiro caso ocorreu em maio de 2017. A esteticista Daniele Bueno realizou uma “lipoescultura” – operação cirúrgica estética que remove gordura de diversos locais diferentes corpo – e redução nos seios no dia 10 daqueles mês.

 

Após o procedimento, porém, ela sofreu uma parada cardíaca e precisou ser levada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sotrauma, já que o Hospital Militar não possuí UTI.

 

Três dias depois, ela acabou não resistindo e morreu. 

 

Já o segundo caso ocorreu em novembro deste ano. A servidora aposentada Ivone Alves de Almeida, de 67, passou por uma lipoabdominoplastia - associação de abdominoplastia e lipoaspiração – na tarde do dia 19.

 

Horas depois, no entanto, ela apresentou complicações, não resistiu e morreu por volta 5h50 do dia 20.

 

O promotor de Justiça não estipulou um prazo para o término da investigação.

 

Leia mais: 

 

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