Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
CRISE FINANCEIRA
22.04.2014 | 09h50 Tamanho do texto A- A+

Empresa entra em recuperação judicial e culpa Poder Público

Empresa diz que deixou de receber R$ 9 milhões; juiz dá prazo de 2 meses para apresentação de plano

Divulgação

O juiz Flávio Miraglia deu prazo de 2 meses à H. Print para apresentar plano de recuperação judicial

O juiz Flávio Miraglia deu prazo de 2 meses à H. Print para apresentar plano de recuperação judicial

LAÍCE SOUZA
DO MIDIAJUR
A empresa H. Print Reprografia e Automação, de Cuiabá, entrou em processo de recuperação judicial.

O pedido foi feito à Vara Especializada de Falência e Recuperação Judicial da Capital e aceito pelo juiz Flávio Miraglia.

O magistrado determinou um prazo de 60 dias, conforme previsto em lei, para que a empresa apresente o plano de recuperação judicial.

O juiz nomeou para o cargo de administrador judicial o advogado Sebastião Monteiro da Costa Júnior.

De acordo com os autos, a empresa é mato-grossense e começou as atividades em 1996.

Atualmente, sua principal área é a venda e locação de equipamentos e suprimentos, reprografia, impressão e digitalização massiva de documentos, outsourcing e ainda assistência técnica.

A H.Print apresentou como principal motivo para a situação financeira em que se encontra a inadimplência de um de seus principais clientes, o Poder Público, com quem mantém um contrato de R$ 9 milhões.

Conforme os autos, as obrigações contratuais não estariam sendo cumpridas. O fato teria “trazido a crise para as portas da empresa”.

Por não contar com os recebíveis, a empresa sustentou que a situação impactou negativamente no setor financeiro, o que a “teria obrigado a buscar crédito no mercado para fazer frente ao custo das operações destinadas ao Poder Público”.

O pedido de recuperação judicial visa, de acordo com a ação, assegurar os “meios indispensáveis à manutenção das empresas com a finalidade de proteger a atividade empresarial e a fonte produtora de empregos, receitas e tributos”.

Entre os pedidos que foram feitos pela empresa e atendidos pelo magistrado estão a dispensa da apresentação de certidões negativas para exercício de suas atividades; suspensão de eventuais ações e execuções contra a empresa requerente e seus sócios coobrigados; que conste na Junta Comercial do Estado a expressão “recuperação judicial” e que o Serasa, SPS, CCF e Cadin excluam dos seus bancos de dados os apontamentos existentes em nome da devedora e dos sócios.

Na decisão, que atendeu ao pedido da empresa, o juiz Miraglia ordenou ainda a suspensão de todas as execuções e ações contra a devedora por dívida sujeita aos efeitos da presente recuperação pelo prazo de 180 dias.

Agora, os credores da H.Print têm prazo de 15 dias para apresentarem de suas habilitações ou as possíveis divergências quanto aos créditos diretamente ao administrador judicial.

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COMENTÁRIOS
8 Comentário(s).

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PAULO SERGIO  22.04.14 20h49
AONDE VAMOS PARAR? O PODER PUBLICO COBRA CADA VEZ MAIS IMPOSTOS,MASSACRAM A PEQUENA,MEDIA E GRANDE EMPRESA. HOJE, TRABALHAMOS PARA O GOVERNO, PAGANDO IMPOSTOS. PARACE UM SACO SEM FUNDO: QUANTO MAIS PAGAMOS, MENOS VEMOS RESULTADO. EU NÃO VENDO P/ ORGÃO PUBLICO NEM NA BALA! TENHO PENA DE QUEM VENDE E LEVA CALOTE, SEMPRE NA ESPERANÇA DE VER SUA EMPRESA CRESCER. ATRASE UMA GUIA DE ICMS SÓ PRA VER O QUE QUE DÁ. NÃO PRECISA SER MAIS QUE 2 MESES.
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Monalisa  22.04.14 17h28
Resumindo : O Estado é um ótimo cobrador e péssimo pagador ! E jamais a ordem será inversa.
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Victor   22.04.14 16h53
Victor , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Andre Gayva Campos  22.04.14 16h49
Não conheço esta empresa, muito menos seus proprietários, mas o roteiro do filme é conhecido : vendeu bens ou serviços ao poder público, entregou ou prestou o serviço conforme contratado, emitiu notas fiscais, pagou impostos, enfim cumpriu suas tarefas de empresário. Na hora de receber, o bicho pega : o poder público já tem um glosário pronto, como "não foi empenhado a tempo", ou "a fazenda não fez o repasse", ou "o sistema não compatibilizou o contrato", ou "este recurso não foi orçamentado", ou " temos o recurso mas não abriu o orçamento", e por aí vai...e vai longe. Digo isso, porque quase quebrei no ano passado fornecendo e prestando serviços para a prefeitura, Governo do Estado e Denit. Se eu não tivesse vendido uma área de terras, estaria quebradinho da silva. O dos governos, só recebí 30% até agora.
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DANTE HOFERMAYER  22.04.14 14h18
Quero expressar meu apoio aos empresários que comandam esta empresa. Infelizmente minha empresa, na área de construção pesada, está em recuperação judicial também pelo mesmo causador : o setor público, municipal, estadual e federal, que são péssimos pagadores.
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