Cuiabá, Domingo, 14 de Setembro de 2025
CRIME NA CAPITAL
30.07.2024 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Juiz mantém prisão e manda homem que matou trans a júri popular

Camila Rodrigues Dias foi agredida com pauladas na cabeça em novembro de 2022, em Cuiabá

Victor Ostetti/MidiaNews

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que assina a decisão

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que assina a decisão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça pronunciou Ivaldo Leite de Araújo a júri popular por homicídio qualificado contra a travesti Camila Rodrigues Dias, em Cuiabá.

 

Percebe-se que o fato imputado ao réu encerra elevada gravidade concreta, extrapolando os níveis ínsitos ao tipo penal teoricamente infringido, o que demonstra alta periculosidade do agente

A decisão é assinada pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal da Capital, e foi publicada nesta segunda-feira (29). A data do julgamento ainda será marcada.

 

O crime aconteceu no dia 24 de novembro de 2022 no Bairro São José. Camila foi agredida com pauladas na cabeça dentro do seu quarto e não resistiu aos ferimentos.

 

Ivaldo foi preso três dias depois, escondido em uma Igreja de Diamantino, município do qual é morador.

 

Na mesma decisão, o magistrado manteve a prisão do acusado, destacando sua periculosidade e risco de reiteração delitiva.

 

“Destarte, percebe-se que o fato imputado ao réu encerra elevada gravidade concreta, extrapolando os níveis ínsitos ao tipo penal teoricamente infringido, o que demonstra alta periculosidade do agente, ensejando, assim, a manutenção da segregação cautelar, como forma de garantia da ordem pública, notadamente em virtude do modus operandi empregado”, escreveu.

 

“Com isso, demonstrados o risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, mantenho a prisão preventiva do pronunciado Ivaldo Leite de Araújo”, decidiu.

 

Noite dos horrores

 

Conforme a Polícia Civil, o assassino chegou a um prostibulo na noite do dia 23, contratou serviços sexuais e consumiu bebida alcoólica e drogas.

 

Em certo momento da noite, ele  teria deixado sob a guarda da vítima uma certa quantia, para poder consumir no local. Todavia, ao longo da noite, efetuou os pagamentos com outro montante de dinheiro que mantinha consigo.

 

De manhã, pediu o dinheiro de volta para Camila, mas ela teria se negado a devolver, iniciando-se uma discussão entre os dois.

 

Ele saiu do local e voltou horas depois com um pedaço de madeira, arrombou a porta do quatro da vítima e desferiu vários golpes contra sua cabeça.

 

Antes de fugir, ele ainda entrou em outros quartos e roubo dinheiro, celulares e bolsas.

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