Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
ALVO DA SODOMA
02.10.2016 | 08h00 Tamanho do texto A- A+

Juíza libera R$ 6,2 milhões bloqueados de empresário

Marcelo Maluf havia sido conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos à Defaz

Marcus Mesquita/MidiaNews

O empresário Marcelo Maluf, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento

O empresário Marcelo Maluf, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento

ANTONIELE COSTA
DO PONTO NA CURVA

A juíza Selma Rosane dos Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acatou um pedido da defesa do empresário Marcelo Maluf e liberou R$ 6,2 milhões de suas contas bancárias que haviam sido bloqueados durante a quarta fase da Operação Sodoma.

 

De acordo com o advogado Huendel Rolim, que defende o empresário, a magistrada reconheceu que Marcelo é uma testemunha que pode contribuir com as investigações e não um envolvido no esquema de desvio de lavagem de dinheiro desvendado pela Delegacia Fazendária.

 

O pedido de bloqueio havia sido feito pela promotora Ana Cristina Bardusco e recaído ainda sobre as contas dos empresários Valdir Piran, Valdir Piran Filho e Alan Malouf.

 

Condução coercitiva

 

Marcelo Maluf foi conduzido coercitivamente à Defaz no dia 26 de setembro durante a 4ª fase da Operação Sodoma. Ele teria “lavado” parte do dinheiro de propina destinado ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

 

O foco da ação foi o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

 

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda., proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Silval da Cunha Barbosa.

 

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

 

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários Nadaf, Marcel, Arnaldo, Afonso e o procurador aposentado Chico Lima.

 

Prisões

 

Na ocasião foram presos Marcel De Cursi, Arnaldo Alves, Silvio César Correia Araújo, Valdir Piran e Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, preso no Rio de Janeiro. Piran e Arnaldo tiveram os mandados de prisão cumpridos em Brasília.

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia