A juíza Selma Rosane dos Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acatou um pedido da defesa do empresário Marcelo Maluf e liberou R$ 6,2 milhões de suas contas bancárias que haviam sido bloqueados durante a quarta fase da Operação Sodoma.
De acordo com o advogado Huendel Rolim, que defende o empresário, a magistrada reconheceu que Marcelo é uma testemunha que pode contribuir com as investigações e não um envolvido no esquema de desvio de lavagem de dinheiro desvendado pela Delegacia Fazendária.
O pedido de bloqueio havia sido feito pela promotora Ana Cristina Bardusco e recaído ainda sobre as contas dos empresários Valdir Piran, Valdir Piran Filho e Alan Malouf.
Condução coercitiva
Marcelo Maluf foi conduzido coercitivamente à Defaz no dia 26 de setembro durante a 4ª fase da Operação Sodoma. Ele teria “lavado” parte do dinheiro de propina destinado ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
O foco da ação foi o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.
As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda., proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Silval da Cunha Barbosa.
De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.
De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários Nadaf, Marcel, Arnaldo, Afonso e o procurador aposentado Chico Lima.
Prisões
Na ocasião foram presos Marcel De Cursi, Arnaldo Alves, Silvio César Correia Araújo, Valdir Piran e Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, preso no Rio de Janeiro. Piran e Arnaldo tiveram os mandados de prisão cumpridos em Brasília.
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