Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
MORTE DE RODRIGO
23.09.2021 | 20h50 Tamanho do texto A- A+

Justiça condena Ledur a 1 ano de prisão por crime de maus-tratos

Ministério Público Estadual pedia condenação da oficial por crime de tortura e perda da patente

MidiaNews

O juiz Marcos Faleiros, que presidiu o Conselho Especial de Justiça

O juiz Marcos Faleiros, que presidiu o Conselho Especial de Justiça

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Conselho Especial de Justiça condenou a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur a um ano de prisão, em regime inicial aberto, pelo crime de maus-tratos contra o aluno Rodrigo Claro.

 

Rodrigo Claro morreu após um treinamento aquático da corporação, em novembro de 2016, na Lagoa Trevisan.

 

Com a decisão, dada por maioria durante julgamento na noite desta quinta-feira (23), Ledur continuará nas fileiras do Corpo de Bombeiros.

 

Venceu o voto do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar de Cuiabá. Ao final, o resultado ficou em 3 a 2.

 

O Ministério Público Estadual (MPE) pedia que a tenente fosse condenada pelo crime de tortura, com pena que vai de 8 a 16 anos de prisão, além da perda da patente.

 

Em seu voto, o juiz afirmou que não há provas no processo que mostrem que Ledur praticou tortura contra Rodrigo Claro.

 

MidiaNews

Izadora Ledur

A tenente Izadora Ledur, que foi condenada por maus-tratos

Citou que a perícia de necropsia descartou que a morte ocorreu por conta dos "caldos" (afogamentos) praticados por Ledur contra o aluno.  

 

Por outro lado, admitiu que ela se excedeu nos "caldos", o que, para ele, caracteriza crime de maus-tratos.

 

“As provas dizem que a vítima foi submetida a excesso de caldos e outras agressões justamente porque não conseguia nadar certamente e cumprir a travessia do lago, dentro de critérios educacionais ainda que equivocados, da ré Ledur. Logo, não há que se falar em tortura, devendo o delito narrado na denúncia ser desclassificado para maus-tratos”, afirmou.

  

O julgamento teve início as 13h desta quinta-feira e durou mais de 7 horas. 

 

Durante a sessão, o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta acusou Ledur de praticar “castigo pessoal” contra o aluno Rodrigo Claro, que resultou em sua morte.

 

Já o advogado Huendel Rolim, que faz a defesa da tenente, declarou que todas as técnicas usadas por ela para com o aluno, foram para "ensiná-lo".

 

O caso 

 

Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias após passar mal na aula prática na Lagoa Trevisan, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.

 

Durante a realização das aulas, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça. Após a travessia a nado na lagoa, ele informou ao instrutor que não conseguiria terminar a aula.

 

Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões, vindo a morrer alguns dias depois.

 

Leia mais: 

 

Defesa diz que atos de Ledur eram para "educar" e não torturar

 

Promotor diz que tenente praticou “castigo pessoal” contra aluno

 

 

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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joao mensageiro  24.09.21 08h46
joao mensageiro, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Solange Vieira de Souza Folis   24.09.21 06h12
Que condenação tão branda para um ato tão cruel. Será que uma pessoa como ela tem paz em sua vida?
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João  23.09.21 23h54
O que vale uma vida?
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3
João  23.09.21 23h19
Coloquem-se no lugar da família do rapaz que morreu sob a responsabilidade dela. Só isso...
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4
Graci Ourives de Miranda  23.09.21 22h34
SÓ UM ANO?SÓ ISSO? ISTO É JUSTIÇA?
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4